Arthur X Basilisco

O tempo passou rápido demais e em um piscar de olhos já era fevereiro.

Após sua breve conversa com Tom Riddle no natal, ele não tentou entrar em contato novamente, Arthur achou que era necessário ignorar ele por enquanto.

O próximo jogo da Sonserina seria contra a Corvinal. Flint insistia em fazer treinos todas as noites depois do jantar, de modo que Arthur mal tinha tempo para mais nada, exceto o quadribol e os deveres de casa. Entretanto, os treinos estavam mais intenso do que o normal, já que eles tinham perdido para a Grifinória, eles precisavam golear as duas casas ou torcer para Grifinória tropeçar.

Eles acordaram na manhã seguinte com um sol radioso e uma brisa leve e fresca.– Condições perfeitas para o quadribol! – exclamou Flint entusiasmado, na mesa da Sonserina, enchendo os pratos dos jogadores com ovos mexidos. 

– Arthur, mexa-se, você precisa de um café da manhã decente - Falou o Flint jogando mais ovos em seu prato, Arthur jogou tudo no do Daniel e continuou a comer.

 Quando sairam do Salão Principal com Anna e Bella para ir pegar os equipamentos de quadribol, Arthur viu Hermione correndo para a Biblioteca, ele apenas ignorou e continuou andando.

 Quando tinha acabado de pôr o pé na escadaria de mármore Arthur lembrou do que aconteceria hoje, "Hermione seria atacada na biblioteca" pensou o menino. Ele deu meia volta e correu de volta para o salão comunal da Sonserina.

- Arthur onde você vai!? - O menino ouviu Bella gritando enquanto corria.

Quando Arthur chegou lá só deu tempo de pegar a mascara, Hope queria ir junto mas Arthur não deixou.

Ele correu feito louco quando ouviu outra vez gélida e assustadora.

"Matar desta vez... me deixe cortar... estraçalhar...

Arthur congelou quando ouviu isso, ele corria se esbarrarando em todos, quando ele chegou na biblioteca, ele colocou a máscara no rosto e mudou a cor do seu cabelo para azul, quando entrou viu que não tinha ninguém.

- O banheiro! - pensou o garoto, ele correu até lá e viu duas meninas no espelho, era Hermione e uma aluna que Arthur nunca viu.

- Vocês duas saiam agora! - Falou o menino com máscara. As meninas pareciam confusas.

- Quem palhaçada é essa! Sai do banheiro feminino agora! - Falou a menina com raiva, quando uma torneira estourou do lado dela. Arthur estava sem tempo, ele usou isso como uma distração para jogar as meninas no boxe.

- Alhomora - Falou o menino na porta,  ele encostou o seu corpo na parede, quando um cano estourou e algo saiu dele.

 Uma cobra de 4 metros saiu do cano, sua pele é cinza escuro e tinha dois chifres na cabeça, um som de língua estralando parecido com o da Hope só que mais vulgar e alto podia ser ouvido.

- Saia! - Falou Arthur e em língua de cobra, porém, ela não estava muito a fim de obedecer, enquanto eles se encaravam as duas meninas começaram a bater na porta, assustando a cobra, ela avançou para cima de Arthur.

- Protego! - Gritou Arthur, mas, o feitiço se quebrou jogando o menino para a parede, enquanto sua varinha saia rolando, ele não sabe se quebrou algumas coisa, mas, seu corpo doía tudo.

O Basilisco vendo que sua petrificação não estava dando certo, abriu a boca para matar Arthur, o menino viu a cobra indo em sua direção, ele fechou os olhos esperando a morte, quando ouviu uma voz conhecida.

- Arthur! - Gritou a pequena Hope, pulando em cima do Basilisco prendendo suas presas na cobra, Arthur usou isso para recuperar a varinha e bombardear o Basilisco de feitiços.

O Basilisco não esperava uma briga desse jeito, ela rugiu e correu para o cano, Hope largou a cobra e voltou para Arthur.

- Você esta bem Arthur? - perguntou a cobra lambendo seu corpo.

- Eu estou bem, obrigado por vim Hope - Arthur saiu mancando da biblioteca, ele não tinha forças para andar até a enfermaria e ele não podia tirar a máscara, então foi até a Seção Restrita e desmaiou no corredor, Hope não sabia o que fazer então saiu do corredor e foi chamar alguém para ajudá-lo.

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Arthur acordou com um pouco de dor no seu corpo, provavelmente ele não quebrou nada, deve ser só a pancada dele na parede, quando ele se levantou percebeu que estava em uma maca, mas, não era a enfermaria, tinha centenas de quadros, cadeiras, copos, pratos, tudo que se podia imaginar estava aqui.

- Estou na sala precisa - Pensou Arthur tentando se levantar, Hope surgiu do seu lado preocupada com o menino.

- Você está bem Arthur - Perguntou a cobra enquanto lambia o braço do menino.

- Estou sim Hope, quanto tempo eu estou aqui? - Perguntou Arthur olhando para o local.

- Talvez um dia, eu não sai do seu lado então eu não sei - Falou a cobra com alegria por ver o menino.

- Como eu vim parar aqui? - Perguntou Arthur curioso.

- Eu pedi ajuda para um senhor que eu vi andando - Respondeu a cobra.

Arthur sabe que a cobra só conhece os nomes dos alunos da Sonserina, então não focou muito nesse assunto.

Ele levantou com um pouco de dor e começou a caminhar pelo local, "Aqui fica o diadema de Rowena Ravenclaw" pensou Arthur procurando o item.

Ele andou pelas fileiras imensas sem encontrar nada, quando uma voz séria surgiu atrás dele.

- Eu não imaginaria que você iria estreiar a minha máscara tão cedo - Quando Arthur virou viu Dumbledore sorrindo para ele. - Eu ouvi da Hermione e da Andréa que um cara mascarado prendeu elas no banheiro e enfrentou alguma coisa, imagina a minha surpresa por ouvir isso.

- Muito obrigado senhor, por me trazer até aqui - Falou Arthur agradecido.

- Ah não fui eu não Arthur, quem te trouxe aqui foi o Snape, ele quem me chamou para vir te ver, eu falei para ele não falar para ninguém sobre você - Falou Dumbledore enquanto olhava para Arthur - O que era aquilo no banheiro?

- Era um Basilisco professor - Dumbledore quase engasgou quando ouviu isso.

 - Você enfrentou sozinho um Basilisco? Agora me fala a verdade Arthur, como você sabia que teria um ataque na biblioteca? - Perguntou Dumbledore como se soubesse que Arthur não era desse mundo.

- Lembra que eu sou um Ofidioglota? Então eu ouvi o som do Basilisco e apenas foi atrás dele - Falou Arthur dizendo apenas meia verdade, ele não iria falar que sabia porquê ele é vidente ou outra coisa parecida.

- Você é jovem de mais para se sacrificar desse jeito Arthur, você deve viver a sua vida, ter amigos e namoradas, você não precisa fazer isso, em um mês você quase morreu duas vezes, eu nunca vi isso em mais de 80 anos que eu estou aqui - Falou Dumbledore colocando as mãos no ombro do menino, "Quantos anos ele deve ter" Pensou Arthur curioso.

- Não me importo em morrer, se eu conseguir salvar o máximo de vidas então morreria com um sorriso no rosto - Falou Arthur do fundo do seu coração, Dumbledore ouviu essas palavras como um choque tivesse o acertado.

- Você ainda é uma criança Arthur, sua vida é minha responsabilidade, não posso deixar que morra - Disse o professor bravo.

- Acredite Dumbledore, eu não vou morrer até que eu salve todos! - Retrucou o menino decidido.

- Tudo bem Arthur, depois falaremos sobre isso, volte para a sala comunal, seus amigos não param de perguntar sobre você, principalmente a Bella e Gabriella, fala que você estava ajudando Snape com uma poção - Falou Dumbledore levando o garoto para a saída.

Arthur agora sabia onde fica a sala precisa, ele poderia destruir o segundo Horcrux, além de se esconder se for preciso.

Quando Arthur chegou na sala comunal viu seus amigos correndo para sua direção.

- Onde você estava Arthur? - Perguntou Bella preocupada, Anna, Daniel, Rodrigo e Gabriella, chegaram do seu lado para saber o motivo.

- Eu tinha saído correndo antes porque eu precisava usar o banheiro, quando eu estava voltando, Snape me pediu para ajudar ele em uma poção difícil, mas, não era em Hogwarts, foi por isso que demorei para voltar - Falou o menino andando até seu quarto, o grupo ficou curioso para saber qual era a poção, mas, já que Arthur não falou nada então não perguntaram.

Quando Arthur chegou no seu quarto, ele pegou o diário e pois na mesa.

- Hora do nosso segundo papo Tom...