Presentes de Natal

Kohta, deixou o campo naquele dia como uma pessoa diferente. Um ano de treinamento e três meses no inferno o haviam mudado física e mentalmente, durante sua rotina diária de oito meses antes do acampamento ele alcançou uma mentalidade de não desistir.

Seus três meses no inferno, como o sorridente Weller a seu lado chamava o tempo no acampamento foram apenas a cereja do bolo. Ele havia mudado muito, e queria mudar ainda mais. Seu fim de semana louco com Caroline apenas o mostrou como ele estava perdendo as coisas boas do mundo aceitando o bulling que sofria enquanto fugia, agora as coisas iriam mudar.

"Ei garoto, oque está pensando aí?" Disse Weller com um sorrisinho de zombaria. "Imaginando o corpo sexy da doce Caroline de novo?"

Olhando para o rosto sorridente do homem Kohta teve que sorrir também, Weller era um homem serio, um homem que levava o trabalho de ensinar a esses garotos, como se estivesse treinando os soldados das forças especiais reais, ele trabalhava com dedicação e esforço redobrados, garantindo que as bases deles fosse firmes para quando entrassem no exército.

A cada ano pelo menos três de seus alunos entravam para as forças de elite, enquanto a maior parte dos outros conseguia pelos menos cargos de sargento no exército regular, muito indo além. "Não estou pensando nela... No momento!" Disse ele, antes de corar lembrando da garota o cavalgando com abandono na noite anterior. "Estou pensando sobre como vou manter o ritmo de treinamento esse ano, tenho uma academia em casa, porem a rotina de manutenção de armas, e combate terá que esperar até as férias de verão em nove meses." Weller, observou o garoto com um olhar de orgulho. Ele já havia observado aquele olhar antes, pertencia a si mesmo, algumas décadas atrás.

"Talvez você tenha uma surpresa, mas não se preocupe garoto, tudo vai dar certo. E lembre-se que se em nove meses você voltar aqui gordo, ou abaixo da forma física que eu espero que você desenvolva... Seus três meses no inferno vão parecer o paraíso perto do que eu te jogarei." AS palavras ditas com um leve sorriso e tom calmo por Weller, soaram como um sussurro vindo das profundezas do inferno para Kohta.

Parando o Range Rover no estacionamento do aeroporto, ele se despediu de Weller com um abraço, antes de caminhar para o terminal de espera, seu voo sairia em uma hora então ele não tinha pressa.

Olhando para o caro bilhete de primeira classe em sua mão, ele deu um suspiro. Era bom voltar para casa, mesmo que sem ninguém esperando por ele. Sua mãe estava em Paris para algum desfile de moda, quanto a seu pai ele mal parava em algum lugar, viajando por aí comprando e vendendo pedras preciosas.

Não que, Kohta se ressentisse por isso, sua família era extremamente rica graças a riqueza que herdaram e a seus pais que viviam trabalhando e se divertindo pelo mundo, embora isso limita-se o tempo em que passavam juntos, não o impediu de os amar ou eles o amarem, já que ligavam diariamente e conversavam com ele.

Seus pais apoiavam seus Hobbies, e lhe traziam presentes de todo o mundo. Sua pequena mansão fora das dependências da cidade. Possuía uma coleção de mais de duas mil replicas armas em tamanho real, as paredes de alguns quartos da mansão, pareciam uma loja de armas fazendo o garoto sorrir.

O lugar era totalmente alto-sustentável, com paredes de cinco metros ao redor de todo o complexo principal, e cercas de tela dupla altamente resistentes e eletrificadas, cercando os vinte hectares da propriedade.

Era uma viagem de uma hora diária para ir à Academia Fujima diariamente, porem ele a fazia feliz, já que ele tinha um lugar gigantesco para viver tranquilamente, além de poder, praticar corrida através do grande terreno ou nadar nas gigantescas piscinas sempre que queria. Conhecendo sua paixão por coisas militares, a propriedade possuía um sistema de geração de energia eólica resistente a interferência eletromagnética, além de geradores a óleo e dois imensos tanques com mais de cinquenta mil litros de diesel, que mantinham para emergência.

Em uma de suas conversas com sua mãe ele havia comentado como seria interessante ter seu próprio abrigo subterrâneo e um meio de produzir alimentos naqueles vinte hectares, nas semanas seguintes um grande abrigo subterrâneo e dezenas de estufas hidropônicas foram construídas, aproveitando-se tanto da proximidade do local ao mar, que ficava descendo uma colina, quanto do rio que cortava a propriedade antes de desovar no mar.

Seu abrigo era tão completo que possuía até mesmo seu próprio sistema de filtragem de água. Como os alimentos não poderiam ser consumidos por Kohta sozinho e seus seis trabalhadores que consistiam de três casais de idosos aposentados que gostavam de cuidar de hortas e jardins, eles colocavam quase tudo o que produziam em conserva e doavam para instituições de caridade.

Seu pai porem havia se superado quando ele disse que iria mudar e se esforçar para o acampamento, o homem havia contratado nutricionistas e um personal-trainner para acompanhar Kohta, além de montar uma academia de última geração para ele.

Pensando em sua casa, ele finalmente relaxou. Seria bom voltar em casa, e ele iria superar as expectativas de Weller. Entrando no avião, ele teve um voo nas grandes e confortáveis poltronas de primeira classe, dormindo durante a maior parte do voo recuperando parte de sua força e resistência que haviam sido drenados por Caroline, durante o fim de semana.

Seu pouso em Tokonosu foi tranquilo, ele possuía apenas uma mochila com poucas roupas e um telefone. Tudo facilmente carregado sobre o ombro no compartimento acima de sua cabeça no avião, por isso não foi preciso esperar nenhuma bagagem o permitindo conseguir um táxi para casa rapidamente.

Olhando ao redor de seu adorável lar, ele não pode deixar de sorrir. O lugar estava limpo e arejado, provando que seus funcionários haviam cuidado bem das coisas em sua ausência, além disso, em sua garagem um belo Hummer H3 preto e de aparência resistente estava ali. Provavelmente um presente de seu pai por ele tirar sua permissão para dirigir. Pelo menos agora, ele poderia sair sempre que quisesse.

Entrando na casa ele preparou uma refeição balanceada antes de ligar para seus pais, ele já havia perdido o dia de aula de hoje então amanha, ele iria se apresentar ao mundo. Um novo Hirano Kohta estava de volta ao japão.

Kohta, dormia cedo, graças a seus hábitos de treinamento ele já estava deitado por volta das vinte e uma ou vinte e duas horas no máximo. Acordando às cinco da manhã, ele correu doze quilômetros antes de retornar para sua academia, passando pela rotina de musculação que Weller havia lhe dado. O homem havia lhe passado a rotina de treinamento e alimentação para todo o ano, e caso Kohta a terminasse antes do esperado, deveria lhe ligar.

Terminando seus treinos, ele tomou um banho quente e café da manhã farto em energia, antes de se vestir com as novas roupas para a escola. Suas camisas agora se prendiam a seu corpo coberto por músculos, exibindo sua forma bem definida, ele também havia abandonado seus óculos quadrados, optando por uma versão esportiva de óculos que lhe davam um visual sexy e inteligente. Ao contrário de sua antiga aparência nerd.

Pegando seu celular, ele começou a caminhar para a garagem quando seu ele recebeu uma ligação, olhando para o nome de Weller sendo exibido ele o atendeu com um sorriso. "Já com saudades amigo? Desculpe, mas eu gosto de mulheres!" Disse ele zombeteiro. Weller gargalhou do outro lado da linha, dois podiam jogar afinal. "Bom nesse caso o pequeno Hirano não vai querer os presentes que eu iria lhe enviar..."

Com total falta de vergonha." Vamos não seja assim sensei, você sabe que eu te amo independentemente!" O garoto falou rapidamente, não havia lugar para orgulho ou qualquer coisa aqui. "Tudo bem seu pirralho safado, vou fingir que não ouvi nada dessa vez." Disse ele em um tom serio agora. " Tenho alguns presentes para você, porem como não sabia quem iria receber isso em sua casa, pedi a um amigo para te procurar na sua escola." Weller fez uma pausa antes de continuar. "Use o que eu estou te dando com cuidado, e me deixe orgulhoso quando vier me ver no fim do ano, me ligue falando se gostou depois."

Desligando o telefone o garoto entrou no carro curioso, acelerando para a escola. Seu Hummer diferia muito do modelo militar seu motor 5.3L V8 fornecia força excelente, além disso, ele era extremamente confortável e luxuoso por dentro.

Chegando ao estacionamento da escola ele notou um afro-americano alto com calças e botas pretas, e camisa camuflada ao lado de um SUV preto. Estacionando ao lado do homem, ele caminhou com passos rápidos para ele. "Oi, eu sou Hirano Kohta..." Disse ele estendendo a mão.

"Michael Willson, um dos pupilos de Weller como você." Disse o rapaz que parecia ter por volta dos vinte e cinco ou seis anos." Embora, eu não ganha-se presentes de natal antecipados na minha época. " Brincou ele abrindo a mala do carro, revelando duas grandes caixas pretas. "Me ajude aqui, são um pouco pesadas. Além disso, use isso com cuidado."

Rapidamente os dois colocaram as caxas no interior da grande parte traseira do Hummer, abrindo uma das caixas ele viu peças para pelo menos dois FUZIS M16, e muita munição. Abrindo a outra caixa havia duas pistolas.40 e muitas caixas de munição, além disso, uma machadinha de combate e uma faca Kbar adornavam o interior em seus estojos. "Não quero nem imaginar o que Weller fez para me enviar esses presentes de natal, Kohta sorriu para o jovem. "Mas vou mandar uma caixa do mais caro Whisky para ele como presente." Vendo os olhos do rapaz brilharem ele sorriu. "Me de seu endereço e te mando algumas também.

Com isso ele poderia praticar tiros em sua propriedade, já que ninguém estava por perto e as armas. Olhando para às duas grandes caixas ele não pode deixar de sorrir. Pegando o estojo com a machadinha ele a colocou na mochila, assim como uma pistola e dois carregadores reserva. Era tentador demais, ter brinquedos e não carregar consigo mesmo.

Pegando a bainha de perna da faca Kbar, ele levantou a barra de sua perna direita, amarrando-a ali. Vendo que tudo parecia normal, ele pegou sua mochila caminhando para a escola, passando por dois prédios pouco utilizados, enquanto se dirigia a enfermaria para ver Shizuka.

Olhando para o beco entre os prédios ele parou seus passos, ali três dos garotos que haviam tornado sua vida no ano interior um inferno, mantinham duas garotas contra a parede. Ele reconheceu uma delas Miku Yuuki, a garota parecia ter atraído a atenção dos três, embora não da boa maneira já que seu rosto apresentava uma marca vermelha enquanto ela estava caída no chão.A seu lado uma pequena garota com cabelos pretos chorava baixinho também com uma marca de tapa no rosto enquanto chorava baixinho. A frente das duas estava seus antigos algozes Tsunoda, um delinquente do segundo ano que andava sempre em um pequeno grupo com outros dois idiotas aterrorizando os mais fracos.

Olhando-lhes seu sorriso pelo presente aumentou, ele não era um herói nem mesmo se importava com o que acontecia com os outros, Miku Yuuki porem era uma das garotas mais gostosas da escola, além disso, a pequena garota desconhecida era muito bonita, e parecia indefesa lhe dando o desejo de protege-la.

Caminhando em direção a eles silenciosamente, ele ficou atrás de Tsunoda enquanto às duas garotas que o viram se aproximar arregalavam os olhos em medo observando o garoto forte parando com um sorriso cruel.

Abrindo seus braços ele bateu com os pulsos sobre as orelhas de Tsunoda fortemente desnorteando o garoto que deu um passo a frente enquanto um som de estalo alto espalhava pelo beco, ele então chutou brutalmente a bunda do garoto o enviando de encontro a parede a frente, forçando às duas garotas a se jogar para o lado quando ele bateu de cara contra a parede quebrando o nariz e caindo nocauteado no chão.

Sem perder o ritmo, ele girou para o da direita que estava se virando para encará-lo, abaixando seu centro de gravidade ele rapidamente deu dois poderosos socos nas costelas do garoto o forçando a dar um passo atrás grunhindo de dor, o garoto tentou falar algo porem era tarde demais, um poderoso gancho de direita o arrancou do chão por alguns centímetros antes que ele caísse desmaiado.

Virando-se para o terceiro Kohta não ficou surpreso ao ver o covarde tentando fugir, até mesmo deixando sua mochila para trás. Abaixando-se ele a pegou antes de arremessá-la com um giro forte contra as pernas do garoto fazendo com que ele caísse de cara no chão.

Dando passos rápidos para o garoto, ele plantou os pés nas costas dele impedindo que ele se levantasse. "Não vamos correr certo?" Perguntou Kohta com voz baixa enquanto se abaixava e segurava o cabelo dele, caminhando de volta aos outros dois que começavam a se recuperar enquanto arrastava o segundo garoto arrastado de quatro pelos cabelos.

Parando próximo aos outros dois, Kohta levantou o garoto pelos cabelos antes de soltá-lo de pé. O garoto observou por um segundo pensando que sua punição havia terminado, Kohta porem não pensava assim. Com um chute giratório ele atingiu o meio do estômago do garoto fazendo com que ele voasse de encontro a parede atrás deles, antes de escorregar para o chão.

Abaixando-se em frente a Tsunoda ele ergueu o rosto do garoto pelos cabelos enquanto o encarava com um olhar que prometia dor. "Ninguém vai saber o que aconteceu aqui..." Disse Kohta." Vocês estavam atrasados, tropeçaram e caíram, entendeu?" Tsunoda olhou para o sorriso de Kohta tremendo de medo, ele era apenas um pequeno delinquente que intimidava os mais fracos. Diante de Kohta que possuía habilidades reais ele não passava de um inseto para ser pisado sempre que necessário.

Vendo o garoto balançar a cabeça em seu aperto Kohta deu um sorriso leve antes de soltá-lo de volta ao chão enquanto se levantava. Dando um passo a frente ele ouviu o som de estalo e o grunhido de dor do garoto quando pisou sem perceber em sua mão, isso porem não parou seus passos enquanto ele ficava em frente as garotas. "Nenhuma palavra do que viram aqui, certo meninas..." Disse ele com um sorriso doce enquanto Miku Yuuki o olhava de olhos arregalados.

Ela havia reconhecido o garoto que era gordinho e abusado o tempo todo no ano anterior, tendo uma vida ainda mais difícil que a dela, ela era assediada sim. Porem usava seus atributos físicos para conseguir atenção enquanto conseguia estabelecer limites, e se manter virgem até hoje. Quando Tsunoda parecia ter finalmente perdido a paciência com ela e tentado a forçar a seguir no passo final.

Se não fosse pelo garoto a sua frente tanto ela quanto Watanabe Chica a seu lado poderiam ter tido um final ruim. "Obrigado..." Sussurrou ela. "Nós não..." ela começou a falar, mas parou surpresa, quando a pequena Chica se levantou e abraçou o garoto a sua frente chorando alto. "Obrigado, obrigado" Murmurava a pobre garota baixinho, enquanto ele a abraçava de volta e acariciava suas costas delicadamente. Em movimentos rápidos, ele pegou a garota em um carregamento de princesa antes de caminhar para a enfermaria com Miku Yuuki o seguindo um passo atrás.

Desconhecido-lhes, do outro lado do beco uma linda garota com um corpo bombástico e cabelos roxos havia observado o desenrolar de tudo. Busujima Saeko, estava a caminho do clube de Kendo quando notou a situação no beco e se preparava para interferir. Antes que ela pudesse, porem, ela reconheceu Hirano Kohta caminhando para o local com um olhar que ela reconheceu. Era o mesmo olhar predatório e sádico que ela tinha antes de brincar com uma presa.

Ela observou com fascínio como o garoto antes assediado eliminou todos os delinquentes brutal e eficientemente, sua pequena língua passando pelos lábios enquanto um fogo se acendia, ela vinha procurando um bom candidato a marido a algum tempo, e parece que um havia finalmente aparecido.