Capítulo 44: A dança da divina paixão

Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:

Parecem ter enviado alguma mensagem para a Imperatriz, vejo sudras pedindo para se aproximar dela, então Maan permite e diz algo para o Imperador, logo depois os dois se sentam no trono posicionado a frente do vão livre.

O Imperador solicita a minha presença e me faz sentar à sua esquerda, olho para os lados e vejo os nobres, meus convidados, imprensa e padrinhos acomodados confortavelmente.

Suponho que estamos prestes a ver mais uma daquelas apresentações comuns, das mulheres do harém que tentam alegrar a sala do trono e distrair o Imperador.

Confirmo minhas suspeitas ao ver que algumas mulheres se posicionam, os músicos se posicionam e começam a tocar uma melodia...

Mas nem nas melhores suposições poderia imaginar o que viria a seguir.

Minha Princesa adentra o vão livre, caminhando lentamente, enquanto as bailarinas dançam, então ela senta e começa a cantar e dançar, olhando para mim.

Em sua canção, Weenny pede que eu a pinte da cor do amor, o vermelho, uma clara referência ao sindur e chega até a fazer o gesto.

Minha Princesa está fazendo o raasa leela, a dança da divina paixão para mim! Essa dança expressa o amor entre os deuses Radha e Krishna, é sobre um amor humano que é capaz de transcender o mundo espiritual.

Reflete a verdade do meu amor pela Weenny.

A emoção toma conta de mim, mesmo sabendo que preciso me controlar. O Imperador observa a minha reação, decido quebrar o protocolo e ir até ela, o Soberano sinaliza para que ninguém me impeça.

Weenny sorri timidamente ao ver minha aproximação, ainda em silêncio, pego o kataar, que ainda está na minha cintura, o tiro da bainha e estendo, oferecendo para a minha Princesa.

Em algumas regiões da Índia a entrega do punhal representa um pedido de casamento, se a moça aceitar o kataar terá que se casar com o homem que o ofereceu. Faço questão de fazer esse ritual, esse é o momento auspicioso para isso, espero que minha Princesa compreenda a minha intenção.

Weenny estende sua mão e aceita o kataar, os indianos presentes comemoram efusivamente, então minha Princesa levanta o punhal para que todos vejam, lhe entrego também a bainha, ela guarda o kataar em sua cintura.

Sorrio ao ver que minha Dulhana compreende o pedido de casamento.

Nossos pais se levantam e vem caminhando em nossa direção, Weenny os cumprimenta com a devida reverência e eles fazem questão de nos abençoar. Logo em seguida os Imperadores se despedem e partem com sua comitiva, Ronaldo e Vilma se afastam porque um servo vem lhes trazer uma mensagem.

— Não poderia imaginar que me daria tamanha honra de dançar o raasa leela para mim, ainda mais diante de todos. – digo com a voz embargada.

— O meu amado merece todas as honras e homenagens que eu puder lhe render. – ela responde timidamente, enquanto acaricia o kataar.

— Veja em meus olhos todo o amor que sinto por você, inunda as minhas palavras e transborda pelos meus gestos, de tal maneira que todos veem que este Príncipe está se casando apaixonado por sua Princesa, até no Muhurat foi confirmado isso. – digo.

Meri Rajkumar, me... (Meu Príncipe, eu...) – ela começa a dizer.

Raajakumaaree, jab bhee mahaamahim chaahen, hamaare jaane ke lie sab kuchh taiyaar hai. Niyukti ek ghante mein hai. (Princesa, tudo está pronto para irmos quando Vossa Alteza desejar. O compromisso é em uma hora.) – Nimat nos interrompe.

Haan, Nimat. Main to chala. (Sim, Nimat. Eu já vou.) – ela diz e o eunuco se afasta.

— Posso ir? Me desculpe, nos veremos mais tarde. – ela pergunta.

Sorrio e concordo sem dizer nenhuma palavra, afinal minha voz ainda está embargada pela emoção, a vejo sorrir e partir ao lado de suas sudras.

Os padrinhos e madrinhas se aproximam com a intenção de me parabenizar pelo resultado da cerimônia, me deixando ainda mais emocionado, faço muito esforço para me conter e não os abraçar.

— Parabéns pelo sucesso da cerimônia. – Leonardo diz.

— Eu sabia que ia dar certo. – Ricardo diz.

— Sabia nada, nós tínhamos medo, fale a verdade. – Gislaine diz.

— Mesmo sabendo que nossos deuses são perfeitos um para o outro. – Dani diz.

— Mas agora os deuses indianos confirmam isso, não é? – Melissa diz e eu concordo.

— E ainda confirmam que vocês terão dois filhinhos, que lindo! – Vivian diz.

— Seremos titios. – Tatiane diz.

— Bom, agora temos que ir, precisamos comemorar essa cerimônia... – Rafael diz, coça a cabeça e olha para a sua tradutora — Como é aquela palavra que vocês indianos dizem, Tia?

— Auspiciosa! Cerimônia auspiciosa. – Marília é mais rápida para dizer.

— Viu, estamos começando a falar como indianos. – Igor diz e todos rimos.

— Vamos embora porque Eros também tem que se arrumar. – Rafael diz.

Nos despedimos e os vejo descendo até o estacionamento, pretendem retornar ao hotel.

Os servos já prepararam um dos aposentos do Forte para que eu possa descansar e me arrumar com toda privacidade. Decido tomar um banho rápido e mudar de roupas, me arrumo tão rápido quanto posso, escolho uma opção tradicional de roupa, calça social bege, camisa rosa escuro e blazer rosa claro.

Sigo para o local escolhido para o almoço, vejo que meus padrinhos estão recepcionando os convidados do lado externo, enquanto meus sogros estão no interior do palácio.

 

Weenny Alves POV:

Faço a homenagem ao meu Dulhan como pretendia, danço o raasa leela e o deixo emocionado de tal forma que ele me oferece o kataar e eu aceito mais esse pedido de casamento sem hesitar, deixando claro que esse shádi vai acontecer.

Agora teremos o próximo compromisso, aproveito o momento que os Imperadores se despedem e saio discretamente, quero trocar de roupas antes de ir para o palácio escolhido pelo meu Dulhan para o almoço.

Sou levada pelas minhas sudras para um dos aposentos no Forte, vou para o banho, mas antes de me arrumar pego o kataar e o observo em silêncio, sentindo um misto de alegria e de realização.

Mera ledee kataar sveekaar kie jaate hain? Tumhen pata hai ki kya matalab hai? (Minha Senhora aceitou o punhal? Sabe o que isso significa?) - Shiva pergunta.

Haan, main sveekaar kar liya. Mujhe pata hai ki yah kya matalab hai aur meree shaadee kee ichchha. (Sim, eu aceitei. Sei o que significa e desejo o meu casamento.) – sorrio para ela e respondo.

Sei que para as indianas é difícil crer em um casamento por amor, em especial entre os nobres, já os casamentos sempre visam benefícios para os reinos.

Devataon isht, Rajkumari. Apanee shaadee ke lie badhaee! Ve bahut khush hain. (Os deuses a favoreceram, Princesa. Parabéns pelo casamento! Sejam muito felizes.) - Zaara, Rani e Madhavi dizem ao mesmo tempo.

Mujhe batao samaaroh mein kya kaha gaya tha, tumhen pata hai? (Me contem o que foi dito no cerimonial, vocês sabem?) – pergunto.

Haan, muhoort mein shaamil hone vaale naukaron mein se ek hai aur aapako sab kuchh bata sakata hai, raajakumaaree. (Sim, tem uma das servas que assistiu ao muhurat e pode te contar tudo, Princesa.) – Rani diz e traz a Ramia à minha presença.

Krpaya mujhe vah sab kuchh bataen jo aapane samaaroh mein suna, main sabhee vivaran jaanana chaahata hoon. (Por favor diga tudo o que ouviu na cerimônia, quero saber todos os detalhes.) – peço e a sudra começa a contar, mas com suas palavras.

Fico maravilhada com o resultado do Muhurat, não poderia pensar que seria tão auspicioso!

Guardo o kataar e vou me vestir.

Escolho uma lehenga clara e o véu rosa, ambos bordados, as servas ajudam tanto a me vestir quanto na maquiagem, penteado e colocação das joias.

Nossa partida é preparada, entro no palanquim e saímos sem demora. Pela cortina consigo ver que o clima é de muita alegria entre todos os indianos, quer sejam servos ou nobres.

 

Os Amigos POV:

Prestaram atenção em cada detalhe da primeira cerimônia do dia, mesmo sentindo a tensão pela participação dos Imperadores nesse shadi.

As cerimônias do primeiro dia foram um verdadeiro aprendizado, tanto para que todos se adaptassem ao horário e a rotina intensa de compromissos quanto ao modo do indiano encarar o shádi.

Em relação as pujas ou orações, o Guru os havia ensinado sobre as pujas principais, então nas menores eles mantém apenas uma postura respeitosa e procuram rezar em português mesmo, já nas maiores eles participam efetivamente, embora ainda tímidos e discretos.

Tia e Amitabh traduziam tudo para eles em vozes baixas e da melhor forma possível para manter o segredo do Império a salvo.

Eles viram que a puja parecia estar acabando e logo os tradutores deram um aviso.

— Agora, Pandith pede permissão aos Imperadores e aos pais da Dulhana para revelar o estudo astrológico dos noivos.

Os amigos estavam ansiosos, se ajeitaram nas cadeiras, como se isso fosse facilitar que ouvissem ou entendessem tudo o que se passava.

Perceberam que Ronaldo e o Imperador disseram alguma coisa.

— O que eles disseram? – Tatiane perguntou.

— Deram permissão para iniciar a cerimônia. – Tia respondeu.

Brâmane avisou que fez os estudos astrológicos dos noivos individualmente e depois uniu para poder confrontar os dados e se surpreenderam com o resultado, vão começar explicando sobre o mapa astrológico do Dulhan. – os tradutores disseram.

Agora vão começar as omissões, os tradutores precisam prestar atenção ao distorcer as palavras ditas pelos sacerdotes, estão se assustando com a habilidade que tem em mentir.

— O mapa astrológico do Dulhan é muito auspicioso e nos revela muitas coisas. O destino reservado para o Dulhan é grandioso, exigente e imperativo e lhe será imposto muito mais cedo do que pode imaginar, o fardo de seu destino será bem mais leve do que se pode esperar, porque está pronto, com todas as suas aptidões, atributos e habilidades. És forte e corajoso, mas ainda assim mantém a compaixão, justiça e amor em seu coração. O sonho de teu pai será realizado em você. – os tradutores revelaram.

Eros olhava para o chão, parecia tenso ou tímido.

— Queria saber quem é o pai dele. – Melissa disse.

— Achei que os conheceríamos no casamento. – Dani disse.

— Quietas. – Rafael reclamou.

Pandith diz que o estudo do Brâmane concorda com o dele, mas dá alguns detalhes a mais sobre o Eros, como sua força, o grande senso de justiça, a compaixão, bondade, firmeza e poder. Ele é um grande guerreiro pronto a proteger sua família e povo. É iluminado e protegido por Lord Ganesha e Lakshmi e ambos lhe conferem essas características tão peculiares e especiais. Haverá um grande amor entre o casal, diz que o Dulhan se casará apaixonado.

— Guerreiro? Defender a família e seu povo? Acho que quando diz que ele vai defender o povo dele devemos ser nós, os amigos, o que acham? – Claudio, confuso, pergunta e os amigos concordam.

— Claro que vão se casar apaixonados, disso todos nós temos certeza. – Ricardo disse.

Samara exigiu que todos se calassem, não queria perder nenhum detalhe.

Os indianos presentes, inclusive os tradutores, comemoravam o que estava sendo dito naquele momento, os amigos não entenderam o motivo do exagero.

Tia e Amitabh se sentiram tristes por não poder contar a eles toda a verdade contida nessa frase, era realmente maravilhoso o que foi dito, principalmente para o povo indiano.

Pandith está abrindo o mapa astrológico da Dulhana. Diz que esse estudo revelou um futuro glorioso e incomum para ela. Diferente do que acontece com as mulheres comuns ou até mesmo como mulheres especiais, como a Weenny, eles veem que a Dulhana não cumprirá apenas seu papel como esposa, dona de casa ou mãe, irá além e surpreenderá a todos. As suas qualidades e características podem justificar esse destino tão diferente, ela é determinada, corajosa, forte e franca, mas é também amorosa, compassiva e sensível. – os tradutores revelaram.

— Mulher comum? Mulher especial? – Carol pensou em voz alta.

— Eles são muito especiais para nós, será que eles os consideram especiais porque agora tem bastante dinheiro e fama? - Dani disse.

Sem ter mais o que responder, Tia afirmou que ela tinha razão.

Brâmane diz que vê que Weenny pode vir a ser uma guerreira só não veem em que sentido, se é na vida lutando por seu marido e pela família ou se por seu povo, mas ela não tem um destino comum como o de qualquer mulher, seja ela comum ou especial. A Dulhana é também iluminada e protegida por Lord Ganesha e Lakshmi por isso tem características tão semelhantes à de seu Dulhan. Weenny jamais temerá uma batalha. Ela é a benção da deusa Saravasti. – Amitabh disse.

— Ela é guerreira, depois de tudo o que passou. – Carol disse.

— Benção da deusa? - Maria José perguntou.

— Sim, há algo de especial nela, o poder ou a presença da deusa, é uma mulher que pode abençoar a nossa terra. – Tia disse.

Observaram que Eros parecia orgulhoso e feliz, Ronaldo exibia um orgulho tão intenso quando falavam de sua tão amada filha, podiam apostar que seus olhos estariam marejados àquela altura. Vilma era mais discreta, mas tinha muito orgulho da Weenny e todos sabiam disso.

Até mesmo os Imperadores pareciam gostar do que estava sendo dito!

— Agora eles vão revelar o mapa astrológico de ambos como um casal, para saber se eles podem ter uma vida harmoniosa. Dizem que é a primeira vez que se deparam com uma situação como essa, os noivos são muito semelhantes, estão sob a luz do mesmo signo e são protegidos pelos mesmos deuses, tem características muito específicas como força, coragem, compaixão, senso de justiça e poder. – os tradutores disseram e sorriram.

— Essas características aparecem repetidas vezes. - Leonardo disse.

— Mesmo signo nós já sabíamos, eles fazem aniversário com dois dias de diferença. – Enzo disse.

— Porque são qualidades muito importantes para a vida, para o destino e para o futuro. – Amitah explicou.

— O sacerdote diz que o amor seguirá com os noivos desde a celebração do casamento. Seus destinos caminham juntos, por isso construirão um futuro glorioso. A Dulhana será uma esposa virtuosa e muito preciosa e dará muitas alegrias para a o marido e para toda a família, ela dará o primeiro filho homem e não será o único filho. Vemos que o Dulhan fará muito mais por sua esposa do que se espera, mas os astros ainda não deixam claro o que virá, o que vemos é um futuro auspicioso e um destino harmonioso e glorioso a esse casal. – os tradutores disseram.

— Eles se amam muito, não poderia ser diferente. – Michele sorriu e disse.

— Vejam, eles terão dois filhos! Ainda afirmam que o primeiro é menino, isso é muito legal. – Mayara disse.

— Ela honrará muito o marido dando a ele o primeiro filho homem. – Tia disse.

— Por quê, Tia? – Samara perguntou.

— Porque só o filho homem poderá abrir a porta do paraíso para o pai, só ele pode acender a pira de cremação do pai. O Filho homem é o sucessor do pai. – Tia explicou seus motivos e as mulheres ficaram abismadas.

Os amigos voltaram ao assunto.

— Ele fará muito mais por ela do que se espera... Certamente a Weenny merece o melhor. - Victor refletiu sobre seus próprios erros antes de dizer.

— Mesmo que eu morra de inveja e que queira mais do que tudo em minha vida estar no lugar do noivo. – Victor sussurrou no ouvido de sua irmã, a Marília.

Viram a reação da Imperatriz, que parecia de emoção, Ronaldo e Vilma sempre foram mais sensíveis e pareciam felicíssimos com tudo o que ouviram... Mas ver o Imperador sorrindo deixou até mesmo os indianos surpresos.

Ao final, o Imperador disse algo e cumprimentou o Ronaldo com alegria.

— O que está acontecendo? – Eduardo perguntou.

— Ronaldo, felicidades! Os noivos terão sucesso em seu casamento – Amitabh traduz, modificando propositalmente o texto — Os pais da Dulhana estão recebendo os cumprimentos pela cerimônia tão auspiciosa.

Os indianos, incluindo os tradutores, vibravam com o resultado da cerimônia, comemoravam e até cantavam e dançavam.

Todos estavam felizes, viram que doces foram oferecidos ao Dulhan, aos pais da Weenny e aos Imperadores.

Eros foi abençoado pelos mais velhos e exibia um largo sorriso.

Ainda foi dito a data e a hora que o último dia do shádi deve começar e terminar, os tradutores explicaram a extrema importância disso, na questão de atrair sorte, proteção e felicidade aos noivos.

Os indianos realmente eram ligados em astrologia, mais do que podiam imaginar.

Todos foram chamados para um tipo de festejo em uma área externa do forte, então todos seguiram os cerimonialistas e foram direcionados a assentos em um lugar especial, observaram tudo e acharam maravilhoso, viram a linda arquitetura indianas, suas fontes, uma beleza realmente encantadora.

Algo estava acontecendo, viram quando os Imperadores se sentaram em um trono em posição central, Eros foi chamado e se sentou à esquerda do Imperador.

— Tia, o que vai acontecer agora? Por que estamos aqui? – Samara perguntou.

— Weenny ia adorar vir neste lugar tão lindo. – Michele disse.

— Acontecerá algum tipo de comemoração ou homenagem. – Tia explicou.

— De que tipo? – Mayara perguntou.

Na mesma hora viram bailarinas e músicos adentrando aquele ambiente.

— Só pode ser uma apresentação de dança. - Melissa disse.

— Sim é uma apresen... Oh meu Deus, vejam é a Weenny! – Gislaine, surpresa, disse.

Ficaram maravilhados quando viram Weenny entrar e cantar tão lindamente para seu Dulhan, Eros não tirava os olhos dela, parecia emocionado.

Tia fez questão de traduzir a canção para eles.

— Vermelho é a cor do amor, da deusa Lakshmi e também é a cor do sindur, que será um dos símbolos que a Dulhana usará, mostrando que seu status de mulher casada. Ela dançou o raasa leela, chamada de dança da divina paixão, para que atinjam a devoção amorosa pura dos deuses Krishna, com sua amada Radha. – a tradutora explicou o sentido dessa homenagem.

— Que lindo! - Maria José disse.

Ficaram encantados com a beleza da dança, logo viram Eros ir ao encontro da Weenny, lançou pétalas de rosas sobre ela.

Os amigos ficaram chocados quando viram Eros tirar um punhal e estendê-lo para Weenny, ficaram escandalizados de tal forma que alguns amigos disseram algumas palavras desconexas.

Tia e Amitabh, por outro lado, levaram as mãos à cabeça, fazendo aquele gesto que representa o orgulho e felicidade no momento em que viram Eros estendendo o punhal.

Os amigos ficaram abismados ao ver que Weenny pegou o punhal, com expressão de orgulho e alegria e ainda o mostrou para os convidados, os indianos presentes festejaram alegremente, enquanto os brasileiros tinham em suas expressões um misto de medo, horror e susto.

Os tradutores se apressaram nas explicações.

— Punhal é chamado kataar, temos um costume nesta região da Índia. Quando um homem indiano oferece um punhal à uma mulher, significa que ele a está pedindo em casamento, quando essa mulher aceita o kataar, significa que ela está comprometida com ele para o shádi.

— Ahá que romântico! Se fizéssemos isso no Brasil seríamos presos por tentativa de assassinato. - Rafael riu e disse.

— Se fizéssemos isso no Brasil, a mulher ia fugir de nós e nos denunciar por violência doméstica. - Guilherme riu e disse.

— Ah, calem a boca! Só falam besteira! Agora que entendi o que ele quis fazer, achei um gesto lindo e romântico sim. - Gislaine disse e alguns riram.

Os amigos se apressaram para cumprimentar Eros, assim que os Imperadores saíram.

Decidiram voltar para o hotel, se apressaram em retornar para suas suítes, se arrumaram e saíram uma hora depois. Seguiram para o almoço comemorativo.