Capítulo 5
________________________________________
Abril, Ano 2332.
Askkadia, Nação do Fogo.
Vulcanus.
14:30HR.
Está de dia, de repente, Akechi, se materializa em uma cidade de Askkadia.
Ele está de joelhos e curvado em um telhado, observando as muitas pessoas que caminham pelas ruas.
Portanto, Akechi passa a caminhar pelas ruas da cidade, com uma postura reta e mãos nos bolsos. Passando por muitas lojas e pessoas, seu foco se torna um pequeno e convidativo bar ao fim da rua, chamado "BAR DE FERRO".
Ao passar pelas portas que se abrem com sua aproximação, ele se encontra em um lugar com várias pessoas alcoolizadas, conversando, gritando e etc.
Ele percebe isso não apenas pelo barulho, mas pela iluminação "aconchegante" deste bar, sendo luzes amarelas e pequenas como
estrelas.
Apesar do desejo de sentar um balcão, a diversas pessoas sentadas conversando, as quais não lhe dariam esaço e seriam irritantes, então ele se senta em uma mesa, e aguarda um garçom vir lhe atender, o que não demora muito.
Garçom: Boa tarde Senhor, o que gostaria?
Akechi: Apenas um Hidromel.
Garçom: Nada para comer?
Akechi: Não.
Garçom: Tudo bem, voltarei já já.
Akechi: Tá.
Enquanto espera pacientemente, uma conversa dentre várias
consegue a sua atenção, sobre a guerra intensa que acabou a cerca de 1 mês e
outras coisas interessantes.
Homem do Bar: Você ficou sabendo que o Rei De Tétis está com
o nosso tesouro?
Mulher do Bar: Pera! QUE?!?!? É SÉRIO ISSO?!?!
Homem do Bar: Sim pô, e parece que ele resolveu manter esse "troféu"
guardado a sete chaves.
Mulher do Bar: Que isso... o cara sabe o poder que tem em
mãos, vai dormir abraçado com a katana haha.. quem dera eu pudesse fazer isso
agora....
Homem do Bar: GARÇOM!!! A CONTA!!!
Nesse instante, o Garçom que lhe atendeu chega com uma
garrafa de Hidromel e um copo, mas antes de atender o chamado daquele que
gritou, Akechi o pede para esperar e tirar sua curiosidade.
Akechi: Os rumores sobre o Rei de Tétis e essa tal tesouro,
são verdadeiros?
Garçom:...!!? Na... – ele olha cuidadosamente para os lados,
e então se vira para Akechi – Eu não posso falar sobre isso agora, se quiser
saber, espera o bar fechar e me encontra no beco ao lado depois.
Akechi:....Tá.
Homem do Bar: GARÇOM!!!!! – bate na mesa – EU QUERO IR PRA
CASA!!!!
Garçom: Está bem! Estou indo!! – se apressa até a sua mesa.
Akechi: Cara chato da porra!
Homem do Bar: Por que que ele é mais importante hein? EU QUE
TÔ TE CHAMANDO!!!
Garçom: Senhor, abaixe o tom!
Mulher do Bar: Eeeh mozão, tá dando chilique, por que??
Homem do Bar: Hmmm! – pega a conta – Aaaaff que roubo da
porra! – ele paga certamente ao entregar várias notas de seu bolso.
Garçom: Obrigado senhor, bom dia! – e se retira.
Mulher do Bar: Prooonto, vamos pra casa! – Diz, sorrindo e
descontraída.
Homem do Bar: Caalma aí, eu quero falar com aquele cara! –
anda até Akechi.
Mulher do Bar: Queéee?? Pra que??? Aaahh!!!
Akechi que está à beber seu Hidromel, é abordado por este
homem bêbado, e com certeza, irracional.
Homem do Bar: Aê o ruivo, por que que cê tá sozinho hein??
Tá esperando alguém??
Akechi enche seu copo de novo, e continua bebendo.
Homem do Bar: Tu devia encontrar as pessoas em outro lugar,
sabia?? Pra não ficar atrapalhando os casais que vem aqui, e querem ser bem
atendidos! – Diz de forma lenta, alta e embolada.
Logo, Akechi termina de beber seu copo e o põe na mesa, onde
este homem percebe que ele deixou o copo ao lado de uma máscara preta com
presas vermelhas. Akechi veste a sua máscara que esconde a parte inferior de
seu rosto e se levanta, ele olha brevemente para este homem alto, onde ele
consegue ver a cicatriz que passa pelo olho esquerdo de Akechi, não só isso,
como um olhar frio e focado.
Ignorando essa besteira, a parceira daquele homem estava a
mexer no seu celular, parando para olhar por um segundo, Akechi toca no ombro
de seu parceiro e ambos desaparecem.
Mulher do bar: Oxi! OXI! AMOR?!?!? – Ela se levanta
assustada e corre até a mesa.
Garçom: O que aconteceu, senhora?
Mulher do Bar: O meu namorado desapareceu!!
Na sua frente, seu namorado surge caindo no chão, e sujando
o chão com o sangue que escorre de seu pescoço cortado... completamente.
Mulher do Bar: AAAAAAAAAAAAHHHHH!!!!
Ao seu lado, Akechi está sentado, terminando seu Hidromel.
Mulher do Bar: AAAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!!!! SEU
MONSTROOO!!!!!!!
Alguns correm para fora do Bar, outros filmam o corpo
decapitado e o cara sinistro que bebe ao lado de sua vítima. Um caos
instaurado, onde seu criador não sente remorso ou culpa, apenas tristeza, mas
não pelo motivo que imagina.
Akechi: Aaah.. já acabou? – Reclama, olhando para sua
garrafa vazia.
1 HORA DEPOIS,
15:30HR.
Com um grande alarde, policiais cercaram o bar fechado para
cidadãos, aquele Garçom que atendeu Akechi o procurou por outros becos já que o
escolhido estava cercado.
Akechi: Tô aqui. – Disse, ao avista-lo.
E o garçom entra no beco, muito assustado.
Garçom: Po- Por favor, não me mate também! Eu conto tudo que
quiser saber!!
Akechi: Não vou te matar.
Garçom: Mas.. Por que você matou ele?!?!
Akechi: Ele tava me irritando, então o matei.
Garçom: Esse cara é louco!! – pensa consigo – Tá, tudo bem!!
Sim, é verdade! O rei de Tétis realmente pegou a katana durante a guerra.
Parece que ele mantém a katana mais segura do que seus outros troféus, em um
cofre escondido no Monumento de Tétis. Isso é tudo o que eu sei!
Akechi: Quanto era aquele Hidromel? – puxa a sua mochila.
Garçom: Ann não!!! Não precisa pagar, sério!!!
Akechi: Fala.
Garçom: É.. uns 50 Miwas.
N/A: Miwas=Dinheiro.
Akechi entrega seu dinheiro e o garçom pega, mas tem alho
errado.
Garçom: Pera! Por que você me deu 100??
Akechi: Eu tô retribuindo a sua ajuda. É o que uma pessoa
boa faria. – sorri para ele.
Garçom:...??
"É u qui uma pisoa bua faria..." VAI TOMAR NO SEU CU!!!
Kalila repetiu o que Akechi disse de forma muito infantil e
de repente engrossou a sua voz no seu xingamento. Isto, na sua mente.
Akechi: Não tô falando com você!
Ela dá as costas e começa a se afastar dele, enquanto seu
tamanho diminue e sua voz afina, se tornando uma criança.
Kalila: Naum isto falanu cu vuce! Naum sei q naum sei q lá!
Mimimimimimimi!
E se afasta por toda a eternidade.
Garçom: Obrigado. – Ainda assustado, ele se afasta de Akechi
e segue indo embora.
E Akechi, desaparece deste beco.
Enquanto isso,
Na Cidade Hakka.
Na instalação e casa de Yuma, ele está na cozinha ouvindo
música com fones de ouvido e fazendo 2 sanduíches, colocando nos pães:
Peito de peru, requeijão, uma fatia de queijo e ao lado dos pães, um copo de refrigerante.
Ele veste um grande sobretudo vermelho, embaixo uma camisa preta social e em suas mãos usa luvas pretas. Suas calças são brancas e limpas e veste sapatos sociais e pretos.
Yan se encontra na sala de jantar, sentado em uma cadeira de
frente para a mesa, saboreando seu pote cinza, cheio de Sucrilhos e leite. Ao
lado do pote, quatro copos de vidros e uma garrafa d'água transparente de 4L, e
ele também, está de olhos fechados.
A cozinha é grande, claramente preenchidas com geladeira,
bancadas, mesa e etc, tudo de alta qualidade. O chão são quadrados pretos e
brancos e as paredes são brancas.
Akechi se materializa atrás de seu pai, esperando que ele se
vire. Um dos robôs ajudantes de seu pai aparece passando pela cozinha,
rapidamente ele vê Akechi e quando está para levantar sua mão para acenar,
Akechi põe seu dedo na sua boca, insinuando silêncio, e o intimidando ao
metalizar seu dedo e o transformar em uma lâmina. O Robô Ajudante o encara com
medo por alguns segundos e segue em frente, soando uma gota de oléo.
Ao terminar seus dois sanduíches, Yuma os agrupa com seu
copo de refrigerante em cima de uma bandeja, quando a segura e se vira para
frente, ele se assusta com a presença de seu filho, Akechi, jogando toda a sua
refeição saborosa pelos ares, até caírem e sujarem todo o seu chão.
Assustado, Yuma olha ao seu redor, e processa a informação
de que seu filho o assustou e o fez perder um bele banquete nesta sossegada
tarde. Ele olha seriamente para Akechi, enquanto o mesmo acena feliz para seu
pai:
Akechi: Boa tarde, Pai.
Yuma:.... – Recompondo sua postura, ele responde – O
que você quer?
Akechi: Tem uma katana ai que o Rei de Tétis pegou na
guerra, é a que você pediu pra eu pegar né? Parece que ela é muito protegida,
por esse Rei e acho que por guardas inúteis.
Yuma: Hum.. interessante. – Ele diz um pouco distraído e
desinteressado no que seu filho diz.
Akechi: Você vai comigo?
Yuma: Claro. Não estarei literalmente com você, mais posso
olhar pelos seus olhos e lhe ajudar a entrar e sair.
Akechi fica extremamente empolgado e começa a comemorar, se
encolhendo e batendo palma muitas vezes.
Akechi: Ahhhh que legal!!!
Yuma: Pare, Akechi! Deixe de ser criança!
Akechi: Ahhh seuu chatoo!!
Volta com a sua postura e sai da cozinha.
Akechi sai andando pela base, e vê logo a frente o robô que
ele havia intimidado a uns minutos, andando em sua direção, o robô muda
totalmente seu semblante de neutro > apavorado.
Akechi: Você fez comida?
Robô Ajudante:...!!!! – O pobre robô se encontra com medo de
responder.
Akechi:...?
Robô Ajudante: Sim!
Akechi: Cadê?
Robô Ajudante:....Na cozinha?
Akechi: Ah, valeu.
E enquanto ele volta para a cozinha, o robô segue em frente,
aliviado.
Ao entrar na cozinha, Yuma está se retirando após limpar
toda a cozinha.
Akechi: Caraio! Cê já limp-
Ao olhar para baixo, os robôs ajudantes estão terminando a
sua ajuda na limpeza de Yuma, nas mínimas sujeiras restantes.
Akechi: Ah. – E se dirige aos armários.
Yuma: Quando pretende ir a Tétis?
Akechi: Amanhã!
Yuma: Ótimo, estarei lá.
E Yuma sai da cozinha.
Com sua refeição, Akechi vai até a sala de jantar se sentar
para comer, igual a seu irmão Yan que continua comendo. Ele carrega um pote
plástico azul cheio de leite e sucrilhos, junto de um copo de vidro cheio d'água.
Ele se senta normalmente na sua cadeira, até desaparecer e
aparecer de repente na frente de Yan batendo suas mãos contra a mesa. Um dos
copos de Yan cai para o chão, mas Yan consegue pega-lo a tempo e demonstrar um
incrível reflexo, e então colocando o copo sobre a mesa.
Akechi: Eai, filho mimado!
Yan: Oi, tudo bem?
Akechi: "Tudo bem" pra quem?
Yan:...Praaaa... você??
Akechi:....Tsck, Então foda-se! – O mesmo se teleporta para
sua cadeira novamente, e começa a comer.
Sem sua máscara, Akechi segue comendo e encarando seu irmão,
enquanto Yan segue comendo tranquilamente seu floco de milhos com leite e de
vez em quando abrindo sua garrafa d'água e bebendo em um de seus copos.
Enxergando seu Gou azul, Yan consegue perceber que Akechi
está fazendo algum gesto "estranho" para ele, sendo Akechi mostrando a sua
língua. Ignorando isso, Yan desvia o olhar para coisas alheias pela sala, mas
seu irmão mais velho se mantém o encarando e fazendo tal coisa estranha, o que
o leva a perguntar de forma irônica.
Yan: Que foi? Tô bonito? – passa a alisar seu rosto.
Akechi: Não, tá feio! Eu que tô! – e também alisa seu rosto.
Yan não responde e apenas volta a comer.
Com ambos almoçando, um robô ajudante passa pela cozinha e
acena para os dois com a sua mão tecnológica,
Robô Ajudante: Bom dia!
Akechi: Oiiiiii!! – Acena de volta muitas vezes.
Enquanto Yan apenas responde com um joinha e o robô segue em
frente.
Em sua mente, Akechi está sentado no chão, próximo de Kalila
também sentada, e inicia uma conversa com ela.
Akechi: Cê viu? Eu sou tão bonzinho com o meu irmão! E ele é
assim comigo!
Kalila também está sentada no chão, porém desconfortável,
balançando a sua cabeça várias vezes e segurando ela com suas mãos e soluçando:
Kalila: O que fizeram com você? Eu já não gostava de você...
imagina agora??? – As lágrimas enfim descem de seus olhos tristes.
Andando sem rumo ou vontade, Kalila está diante da beira de
um penhasco, uma corda desce de um lugar desconhecido até a mesma e ela faz um
nó apertado em seu pescoço. Mesmo assim, ela consegue dizer perfeitamente suas
últimas palavras.
Kalila: Adeus...Mundo Cruel!
Sem hesitar, ela pula deste penhasco e deixa seu corpo
pendurado nesta corda. Que infelizmente, não foi capaz de agrada-la.
Kalila: EU NÃO MORROOO!! BOUAAAAAAAA!!!!
Seu choro escandaloso ecoa por todo o seu mundo, irritando o
único capaz de ouvir o seu desespero.
Akechi: Tá vendo??? Ninguém gosta de mim!!!
No mundo real, Akechi pega sua máscara e sai bravo da
cozinha, abandonando seu lanche e indo para seu quarto.
Yan: Cara estranho...
Após terminar sua tigela, Yan se levanta e leva tanto sua
tigela quanto a de seu irmão até a pia, jogando o resto que akechi não comeu no
lixo e lavando tanto a sua tigela quanto a dele. Assim, ele abre um portal
lilás e passa pelo mesmo, deixando sua casa.
No meio do caminho, Akechi esbarra com o robô ajudante que
acabou de lhe dar "Oi", ele vai em direção ao robô e pergunta:
Akechi: Você gosta de mim?
Robô Ajudante:....
Akechi:....??
Robô Ajudante: Desculpe, eu não tenho sentimentos. – E o
robô segue em frente.
Akechi continua andando bravo até chegar em seu quarto e
repetir mais uma vez:
Akechi: Tá vendo?? Ninguém gosta de mim!!!
O quarto de Akechi é branco e não possui uma porta, deixando
visível suas paredes brancas, sua cama de solteiro e um armário.
Com muito prazer e facilidade, Akechi deita diretamente em
sua cama, tira sua máscara e se embrulha, conseguindo dormir de forma quase
instantânea.
Em seus sonhos, Akechi se encontra em um lugar
escuro...borrado...vazio. Seu corpo é como uma mancha escura que destaca os
seus olhos azuis, até passar um vento que dissipa está escuridão e Akechi se
revela como uma criança assustada.
Nesta escuridão, uma forma brilhante surge a alguns metros
de Akechi.. ela toma a forma de uma mulher, adulta, que caminha para longe
dele... como se fosse a cada passo, Akechi deixa de achar essa silhueta
feminina... estranha. Como se ela fosse... Familiar.