Na verdade, Chuva já sabia qual milagre poderia salvá-la. Não era um milagre que pudesse acontecer com ela, mas sim um milagre que ela poderia fazer acontecer.
Era o seu Despertar.
Assim como seu professor havia dito, era a única solução para este predicamento letal.
O problema era que a formação do seu núcleo de alma estava longe, enquanto o Tirano estava muito perto. A abominação ainda não se aproximava, mas logo o faria.
Se Chuva pudesse descansar sem distrações e se concentrar em meditar de forma constante, haveria esperança de Despertar antes que o gigante hediondo capturasse sua presa. Mas ela tinha que escapar dele, arrastando Tamar pelo ermo, do crepúsculo até o amanhecer.
Ela tinha que descansar à noite para recuperar pelo menos um pouco da sua força, então só havia algumas poucas horas curtas para que ela circulasse sua essência enquanto mantinha a vigília.
Essas horas eram lamentavelmente insuficientes para a tarefa em questão.
Mas na verdade...