Fragmentos da Guerra (4)

Longe ao sul, os ventos uivavam nos cânions profundos que rompiam a superfície de uma planície inclinada. Aqui no Fêmur da divindade morta, o antigo osso estava coberto de rachaduras, como se algo o tivesse despedaçado incontáveis anos atrás.

No entanto, não havia trepadeiras escarlates saindo das rachaduras, nem selva cobrindo as encostas do titânico fêmur. Todo o lugar estava morto e silencioso, banhado pela escaldante radiância do céu nublado.

O fêmur se estendia até a superfície do Mar de Cinzas, onde nem mesmo o Senhor das Sombras ousava pisar. Não estava claro se a tíbia e a fíbula do deus morto estavam faltando ou simplesmente enterradas em cinzas — nenhum humano jamais chegou ao chão antes, e ninguém era louco o suficiente para tentar descobrir a verdade.