Chegou o dia em que conheceria meu parceiro de viagem e que eu finalmente partiria, tomei um café reforçado pela manhã e meditei depois, precisava estar pronto para o teste do amigo de meu pai. Que tipo de tecnicas ele usa? Qual era sua afinidade? Armas? Estava ansioso para descobrir.
Enquanto almoçavamos, escutamos alguem bater na porta, meu pai vai atender e era ele. Um homem de cabelos ruivos, por volta de 1,85 de altura e olhos castanhos, corpo robusto e em suas costas portava um grande machado. Meu pai dizia:
-Você chegou, ainda bem! Alice, Dante esse é meu velho amigo Ace, ele que irá acompanhar Dante em sua viagem.
-Muito prazer em conhecê-los.
Disse enquanto encaminhava para nos cumprimentar.
Ao apertar sua mão, pude perceber uma coisa, ele era muito forte. Depois do aperto de mãos, Ace disse:
-Oh o garoto é durão, que tipo de treinos você fez com ele, Alex?
-Nenhum treino fora do comum, o menino é um verdadeiro prodígio mesmo.
Meu pai afirmava enquanto esbanjava um sorriso orgulhoso.
-Mal posso esperar pra ver então. Mas antes, preciso comer, a viagem dá uma fome sabe?
Terminamos de comer e demos uma pequena pausa antes do Ace começar o seu teste. Passado alguns minutos, Ace fala:
-Sem mais enrolação, vamos ver o que o garoto é capaz de fazer.
Fomos lá fora, mas antes perguntei ao meu pai:
-Pai, eu preciso esconder dele também?
-Ele é confiável filho, então não precisa esconder. Vá e mostre o que você pode fazer.
Disse meu pai enquanto me entregava a espada que ele utilizava.
-Isso é a sua espada? Por que está me dando?
-Achei que ia precisar algo melhor durante sua jornada
-Muito obrigado pai, farei bom uso!
Saí de casa e Ace estava lá, me esperando.
-Vamos começar, estou ansioso pra ver o que você pode fazer!
-Claro, também to morrendo de ansiedade!!
-Pode vir com tudo então!!
De começo, decidi não utilizar minha espada já que ele também não usaria o seu machado. Parti para cima concentrando eletricidade em minhas pernas para aumentar minha velocidade. Segui desferindo alguns golpes mas Ace parecia estar conseguindo desviar sem muitas dificuldades. Ele dizia:
-Vamos, sei que pode fazer melhor que isso!
Enquanto ele dizia isso, notei que abaixou um pouco a guarda, me aproveitei disso e usei toda a minha velocidade junto com o elemento raio para me esgueirar para trás dele em um piscar de olhos. Imbuí a palma das minhas mãos com eletricidade para desferir um ataque poderoso. Mas ace conseguiu desviar, dizendo:
-Que belos truques, mas terá que fazer melhor do que isso para me acertar!!
Me provocou dando um leve sorriso.
-Você não viu nem metade.
Respondi sua provocação.
Pouco antes de eu me mover para trás dele, infundi um pouco de elemento gelo no solo abaixo de mim, não esperei que o golpe acertasse, minha intenção era apenas fazer com que quando ele desviasse ficasse acima do lugar que eu preparei. Com ele em cima do solo preparado, congelei suas pernas até o joelho para imobilizá-lo e desferir um golpe. Ace demonstrou uma expressão surpresa e quando eu iria acertá-lo, Ace usou sua afinidade magica, fogo, para se descongelar e me afastar, em seguida ele disse:
-Já vi que o garoto não está para brincadeira, eu estava esperando muita coisa, mas uma divergência em 2 elementos extremamente raros é simplesmente insano, é melhor eu não pegar tão leve.
Ele começou a conjurar uma bola de fogo e lançou em mim, criei uma parede de gelo espessa o suficiente para a bola de fogo não ultrapassá-la mas mesmo assim a parede foi completamente destruída. Decidi que era a hora de sacar a minha espada, então assim fiz. Porém assim que saquei a espada, Ace fala:
-Já vi o bastante garoto, basta.
Disse enquanto dava um leve sorriso.
-O que? como assim?
Perguntei confuso.
-Isso mesmo, eu já vi o suficiente por enquanto, o resto quero ver no exame de rankeamento.
-Ah, tudo bem então.
Disse um pouco confuso.
Em seguida começamos a nos preparar para partir. Quando terminamos de arrumar nossas coisas, meus pais me chamaram:
-Dante vem aqui!
Disse meu pai.
-Estou indo, pai!
Respondi.
Fui até eles ver o que queriam me dizer. quando cheguei até eles meu pai disse:
-Filho, eu e sua mãe queremos te dar algumas coisas antes de você ir, que você vai precisar na sua jornada.
O primeiro item que ele me deu, foi uma capa branca com capuz, era uma capa magica que me permitia passar despercebido por pessoas ou bestas que não tivessem muito atentas. O segundo item foi um anel mágico que podia guardar meus itens dentro dele, com um limite de 10kg. Em seguida ele começou a falar:
-Filho, durante sua jornada, você vai fazer inimigos, e por isso precisa proteger sua identidade para ficar seguro, por isso estou te dando isso.
Disse ele enquanto me entregava um colar mágico, capaz de mudar minha aparência levemente enquanto eu estivesse utilizando e uma máscara de pano preta que tampava mais ou menos até um pouco acima do meu nariz. Minha mãe completou falando:
-Filho, você também terá que escolher outro nome na hora que for se registrar, se não todo o disfarce não vai servir para nada.
-Eu vou pensando no caminho, mãe.
Disse sorrindo confiante para ela.
-Muito obrigado pelos presentes, pai, mãe. Prometo que vou me cuidar, vou deixar vocês orgulhosos.
Falei enquanto tentava segurar o choro.
-Nós já estamos muito orgulhosos de você, querido. Você cresceu tão rápido, parece que foi ontem que eu te peguei no colo pela primeira vez, e agora já está aí, indo sozinho se aventurar pelo mundo.
Disse minha mãe enquanto me dava um abraço forte.
Meu pai seguiu dizendo:
-Filho se torne um homem, lute pelo o que você acredita que seja certo, crie laços e proteja eles. Não importa as decisões que você tome, nós sempre vamos amar você.
Meu pai falou enquanto se juntava ao abraço.
Ace estava me esperando lá fora para partirmos, e depois desse momento de despedida, chegou a hora de irmos. Fui até lá fora, vesti o capuz e a máscara que foram me dados, coloquei o anel mágico em meu dedo e o colar em meu pescoço, assim que coloquei, meu cabelo ficou branco acizentado, meus olhos passaram a ser verde esmeralda. Eu estava pronto para partir, dei um último abraço em meus pais e assim parti com Ace.
Depois de eu ter distanciado o suficiente no horizonte, minha mãe caiu de joelhos chorando enquanto dizia:
-Nosso pequeno Dante está tão crescido já, será que criamos ele direito? Será que ele vai ficar bem?
Meu pai tentava consolá-la dizendo:
-Ele vai ficar bem, querida. Tenho certeza de que ele está em boas mãos.
Disse meu pai enquanto tentava segurar o choro também.
Foi assim que parti em minha jornada como aventureiro por 4 anos.