A Dança da Tempestade

A cidade estava em chamas, envolvida no caos da guerra. Guerreiros e vampiros duelavam por toda parte, mas no centro da batalha, Beatriz e Alice travavam um duelo que parecia pertencer a uma era mitológica.

A vampira loira flutuava com elegância, suas vestes brancas manchadas com gotas de sangue, seus olhos carmesins brilhando como brasas. Com um movimento sutil do pulso, seu leque dourado se abriu, refletindo a luz da lua.

Beatriz, ofegante, segurava sua espada firme, seu corpo já marcado por cortes leves, mas seus olhos brilhavam com a fúria de uma tempestade prestes a explodir.

— Você luta bem, humana. — Alice sorriu, passando a língua nos lábios. — Mas… tempestades se dissipam. E a luz sempre vence a escuridão.

Beatriz não respondeu. Seus olhos eram a única resposta que Alice precisava.

O vento rugiu.

Beatriz avançou com velocidade alucinante, sua lâmina riscando o ar com eletricidade pura. Alice girou no ar, desviando com graça, seu leque brilhou em uma explosão de luz e disparou ondas cortantes na direção da espadachim.

Beatriz rodopiou no ar, sua espada dançando com precisão milimétrica, cortando os feixes de luz antes que a atingissem. Ela pousou no chão e disparou uma rajada de relâmpagos azuis contra Alice, que rapidamente ergueu uma barreira dourada, repelindo o ataque.

— Tsc… Então você também tem resistência? — Beatriz rosnou, sentindo o cansaço pesar em seus músculos.

— Eu sou uma vampira nobre. Você não achou que eu cairia tão fácil, achou?

Alice apertou o punho, e sua luz começou a brilhar mais intensamente. Feixes de energia dispararam de suas mãos como lanças divinas, cravando-se no solo e explodindo com força destrutiva.

Beatriz se esquivou por pouco, mas uma das explosões a jogou para trás, ferindo seu ombro e a fazendo grunhir de dor.

Alice não perdeu tempo. Voando com velocidade absurda, ela apareceu diante de Beatriz e acertou um golpe brutal com o leque, arremessando a espadachim contra uma parede de pedra.

Beatriz caiu de joelhos, o gosto de sangue na boca.

— Parece que acabou. — Alice sussurrou, descendo lentamente até o chão.

Mas, antes que pudesse dar o golpe final, um feixe de eletricidade roxa cruzou o ar e acertou Alice em cheio, fazendo-a voar para trás.

— Tire suas mãos da minha irmã!

Era Karina.

Com sua armadura parcialmente rasgada e o rosto sujo de poeira e sangue, a eletricista se colocou ao lado de Beatriz, sua aura brilhando com relâmpagos dourados e roxos.

Alice sorriu, limpando um fio de sangue no canto da boca.

— Ah, mais uma garota eletrizante? — A vampira riu. — Isso está ficando interessante.

O Último Duelo — Tempestade e Trovão vs. Luz Divina

Beatriz se levantou com esforço, olhando para Karina.

— Ela é forte… — Beatriz cuspiu um pouco de sangue no chão.

— Então vamos acabar logo com isso. — Karina sorriu, mas seu olhar era sério como nunca.

Alice ergueu seu leque e disparou uma onda maciça de luz, mas desta vez Beatriz e Karina se moveram juntas.

Karina disparou para frente em alta velocidade, relâmpagos explodindo ao seu redor. Alice tentou desviar, mas Beatriz surgiu por trás, atacando com sua lâmina carregada de eletricidade.

Alice defendeu com o leque, mas a força do impacto a fez recuar.

Karina aproveitou a brecha e disparou uma onda de relâmpagos na vampira, que foi atingida e caiu no chão, se contorcendo com a descarga elétrica.

Alice grunhiu, forçando-se a levantar, seu corpo brilhando intensamente.

— Luz Brilhante – Expurgar!

Uma explosão de energia dourada saiu dela, jogando as irmãs para trás novamente.

Ambas caíram no chão, seus corpos cobertos de cortes e queimaduras, mas seus olhos ainda estavam cheios de fúria e determinação.

— Acabou para vocês. — Alice ergueu sua mão. Uma lança de luz começou a se formar.

Mas Beatriz e Karina não tinham terminado ainda.

Elas se olharam e assentiram.

— Agora.

Uma tempestade de raios e trovões começou a se formar ao redor delas.

O ar vibrou. O chão tremeu. A eletricidade no ar ficou tão intensa que os vampiros ao redor sentiram um arrepio percorrer seus corpos.

— Técnica Proibida… — Beatriz e Karina falaram juntas.

Alice estreitou os olhos, sentindo um frio na espinha.

— Dueto da Destruição – Fim da Tempestade Celestial!

Beatriz ergueu sua espada para o céu, absorvendo toda a eletricidade da tempestade. Karina correu e tocou a lâmina da irmã, infundindo-a com ainda mais poder.

O som de trovões ecoou, como se o próprio céu estivesse gritando.

Então, em um único instante, Beatriz desapareceu em um flash de luz e reapareceu atrás de Alice, sua lâmina atravessando o peito da vampira.

— N-Não pode ser… — Alice arregalou os olhos.

Relâmpagos dourados e azuis explodiram de dentro de seu corpo, rasgando o céu como se toda a fúria de uma tempestade tivesse sido selada dentro dela.

Alice gritou.

Seu corpo brilhou intensamente, e então... se desintegrou em cinzas.

A luta havia acabado.

As irmãs caíram de joelhos, ofegantes e cobertas de ferimentos, mas vitoriosas.

O céu trovejou uma última vez, e então o silêncio tomou conta da cidade.