Capítulo: A Queda da Aurora Negra
Três dias após o fim do Torneio Real.
Os céus estavam estranhos.
Durante a noite, uma estrela negra cruzou o céu, e uma neblina púrpura cobriu as florestas ao norte. Fazendeiros relatavam sons que vinham da terra. As árvores pareciam gritar. Os animais fugiam.
Na manhã do quarto dia, um estrondo fez o reino inteiro tremer.
E então… surgiu a Criatura.
🌑 A Criatura
Ela era gigantesca — maior que qualquer dragão conhecido, maior que o castelo inteiro.
Tinha a forma de um quadrúpede deformado, coberto por escamas negras como obsidiana viva. Da cabeça, três chifres curvados giravam como espirais.
Seus olhos... eram abismos.
E ao abrir a boca, soltou um rugido que destruiu toda uma vila com a onda de choque.
— É uma Besta Primordial… — murmurou o rei, ao ver de seu mirante.
O caos se instaurou.
Mas então… os Cavaleiros Reais surgiram, um a um. E junto deles, Mike e seu grupo.
🤝 A União Improvável
Mike avançava ao lado de Sir Alfor. Karina e Serena seguiam com Sir Magnus. Natália, Piter e Kyouran estavam atrás de Sir Helbrecht e Sir Vulmir.
Julhian — agora com parte do braço enfaixado — andava com dificuldade, mas se juntava aos outros.
— Lutamos entre nós… — disse Mike. — Mas agora... é juntos ou nada.
Sir Alfor assentiu.
— Essa coisa não é deste mundo. Nem mesmo minha luz a atravessa.
— Vamos lutar até o fim — completou Karina, com eletricidade brilhando nas adagas.
🌪️ A Guerra Começa
A Criatura avançou com garras imensas, destruindo árvores e prédios com facilidade.
Sir Magnus ergueu seu martelo e saltou, desferindo um golpe com toda sua força — a criatura sequer cambaleou.
Mike ordenou sua tropa de sombras para formar um cerco, mas elas foram dizimadas por uma baforada de energia negra.
— Isso... nem é magia comum. — murmurou Serena, assustada.
Karina avançou, usando Estrela Quebradora, sua técnica mais poderosa. Ela cravou ambas as adagas na perna da criatura.
Um grito estridente saiu da garganta do monstro.
— FUNCIONOU! — gritou ela.
Mas antes que pudesse recuar, a cauda da criatura a atingiu.
Karina foi arremessada contra uma montanha próxima, deixando um rastro de destruição. Mike correu até ela.
— Está viva… ferida, mas viva. — murmurou ele.
🔥 O Avanço Heróico
Sir Helbrecht conduzia magias de luz como lanças.
Kyouran, coberto de sangue, usava sua habilidade recém-desperta, “Colapso Venenoso”, cobrindo a lateral do monstro em uma nuvem tóxica que corroía sua pele.
Serena, mais uma vez com coragem, usou Prisão Submarina para travar parte de um dos braços, dando tempo para Natália recuar e atirar uma flecha luminosa diretamente em um dos olhos — e ela acertou!
A criatura urrou. Um chifre caiu.
Mas… ainda não caía.
💥 Mike Libera Tudo
Mike finalmente chamou Ragnar e o Demônio de Fogo.
— Ataquem juntos!
Ele girou a foice, invocando um tornado de trevas enquanto seus aliados golpeavam o tórax da criatura.
A pele da Besta finalmente foi rompida — um sangue negro e quente jorrou.
A criatura cambaleou… mas logo soltou um novo rugido e revelou um núcleo no peito, como um coração pulsante coberto de espinhos.
— É ali! — gritou Mike.
— Piter, essa é sua chance! — completou Julhian, tossindo sangue ao se levantar.
🌪️ O Destino de Piter
Piter apertava a empunhadura da katana. Seu corpo tremia. Ele estava exausto. Ferido. Mas algo dentro dele queimava.
— Eu… fui fraco. Sempre fui o mais inseguro do grupo.
— Mas agora… eu sei meu lugar.
As correntes de ar giravam ao redor dele. Seus olhos brilharam verde.
As palavras do rei ecoaram:
“A Fulgor só reconhecerá aquele que lutar pelo futuro… mesmo que isso custe o próprio presente.”
Piter concentrou toda sua magia de vento.
— Tempestade Final: Vórtice Celestial!
Ele se lançou no ar, usando o vento para voar como uma flecha.
E quando chegou a poucos metros do núcleo da criatura…
A espada sagrada Fulgor de Aeteris materializou-se em sua frente, flutuando.
Seu brilho dourado rasgou os céus.
Piter agarrou a espada com as duas mãos.
— É AGORA!
Com um grito, ele mergulhou direto no núcleo do monstro — e cravou a Fulgor no ponto exato.
💫 O Fim do Monstro
A Criatura soltou um último rugido.
Seu corpo se contorceu, os espinhos se dissolveram, e por fim… desmoronou, como uma colina viva ruindo.
Silêncio.
Piter caiu de joelhos, com a Fulgor ainda na mão.
A espada o envolveu em luz e aceitou seu novo portador.
Sir Helbrecht assistia, em choque.
— …A Fulgor... escolheu.
O rei, do alto da muralha, derramava uma lágrima.
Mike estendeu a mão para Piter, sorrindo.
— A lenda começa com você.