O santuário do Castelo Infernal já foi uma sala de estudos, ou assim ela tinha ouvido. Para magos visitarem e praticarem as artes com a piscina de mana.
Agora, suas grandiosas estantes de livros estavam vazias, empurradas para o lado para dar espaço a esteiras, paletes de palha e caixotes de suprimentos, tudo para os refugiados expulsos de suas casas pela lava.
Refugiados... a palavra era amarga em sua língua.
Os vitrais tinham sido vedados do lado de fora para filtrar os gases tóxicos, tanto quanto possível, dadas as circunstâncias.
Por isso, quase nenhuma luz do sol penetrava, não que houvesse muita luz, com as nuvens de fumaça cobrindo os céus. Iluminação artificial pontuava as paredes, o brilho fraco das gemas lutando contra a escuridão.
Estava mais quente aqui. Amontoado. Melancólico.
O cheiro era uma mistura de cevada cozida, bálsamos de cura, suor e cinzas.
Sempre cinzas.