PONTO DE VISTA DE ARIANNE
Minha espada soou.
O som penetrante ecoou pelos picos congelados, cortando o silêncio sinistro que se abatera sobre a montanha. Os mortos-vivos me cercavam, suas mãos decaídas estendidas, dentes batendo como feras sedentas por carne. Seus olhos vazios fixaram-se nos meus, e apesar de seu estado sem vida, senti o peso de seu ódio. Estava frio, tão frio que até minha respiração parecia congelar antes de tocar o ar.
Eu podia sentir meus músculos gritando, o esgotamento de dias lutando se infiltrando em cada canto do meu corpo. Minha espada, lisa com gelo e sangue, tinha se tornado uma extensão de mim — cada golpe era um ato de sobrevivência. O som retumbante daço o osso era ensurdecedor, mas não podia me deixar parar. Eu não podia parar, não com eles vindo em ondas.
Eu abri meu caminho através deles, sozinha, e lutei para tentar chegar à caverna, mas eles eram implacáveis.