Quando Kael parou em frente ao seu apartamento, Arabelle conseguiu se estabilizar, suas emoções já não ameaçavam sair do controle. Ela estava grata por uma pequena misericórdia: não ter se mudado ainda para morar com Sua Alteza, Príncipe Rafael Ignis. Se tivesse, para onde ela teria ido esta noite para curar suas feridas? O pensamento trouxe um pequeno, amargo conforto. Pelo menos ela ainda tinha seu próprio espaço — um santuário para se refugiar quando tudo mais parecia estar desmoronando.
Murmurando uma palavra silenciosa de agradecimento, ela desceu do carro sem dar a Kael uma chance de falar. Ela não estava pronta para palavras, não dele, não de ninguém. Sua mente estava muito cheia, girando com pensamentos e emoções que ela ainda não havia completamente processado. Esta noite havia sido uma noite de revelações — dolorosas que a deixaram questionando a si mesma.