Já era tarde e ainda havia tempo antes de Seren ser enviada para aquela caverna gelada. O tempo passava em silêncio, pois todos estavam quietos e mergulhados em seus próprios pensamentos para a noite que viria.
Seren, que estava sentada em uma das pedras cercadas pela água, olhava seu reflexo nela. Seu rosto coberto pelo véu, seus olhos roxos e aquelas escamas. Embora aquelas escamas não fossem reais e fosse sua própria escolha mantê-las, ela não podia deixar de relacioná-las com as escamas que outras mulheres tinham nas mãos ou talvez em todo o corpo.
Não apenas aquelas escamas, mas havia algo mais que fazia com que ela sentisse algo sobre aquela mulher, havia um certo magnetismo que sentia em relação a ela – uma semelhança inquietante que sentia, mas que exatamente não conseguia descobrir.