A Última Fronteira [Pt 8]

O vazio cintilava como vidro esticado enquanto Rey flutuava através da ausência de todas as coisas, guiado pela voz do ser felino ao seu lado.

O vasto mar de escuridão, outrora estático e imóvel, agora pulsava com leves ondulações—distorsões sutis no nada.

Elas marcavam a presença de poder. O início de algo novo.

"Concentre-se," disse a entidade, suas caudas formando padrões intrincados no ar. "Você deve construir acima, não dentro. Uma nova camada não pode existir como um parasita. Ela deve ser soberana."

Rey fechou os olhos e, na escuridão atrás de suas pálpebras, ele estendeu seus sentidos longe e amplamente. Suas Habilidades Primordiais—Destruição, Conhecimento, Morte, Vida, e todas as outras—piscavam nas margens de sua consciência desvanecida.

As brasas de um poder outrora imenso.

Era o suficiente por ora.

Ele ergueu suas mãos, sua voz como trovão dentro do silêncio:

"Que haja um novo plano."

Aros dourados giraram em torno de seus braços, e o vazio em si tremeu.