Ático se sentia fraco.
Era como se sua energia estivesse sendo sugada do seu corpo, drenada a cada respiração enquanto se movia.
'Justamente como esperava,' ele pensou, cerrando os dentes.
A névoa era espessa, envolvendo-o como um cobertor sufocante, frio e opressor. Ela aderia à sua pele, infiltrava-se em seus pulmões e lhe sugava a energia a cada movimento.
Ático já suspeitava que isso aconteceria. No momento em que a névoa cercou a colina, ele soube que não tinha escolha. Não se tratava de evitá-la, era inevitável.
Ao saltar do pico da colina, ele irrompeu na névoa, partindo-a como água. Seu pouso foi preciso e silencioso. Uma cambalhota levou seu ímpeto para frente, seu corpo movendo-se com eficiência fluída.
Suas pernas giravam como pistões, silenciosas e incrivelmente rápidas. Cada passo mal tocava a areia, não deixando som, nem rastro. Sua respiração desacelerou para um sussurro, seu coração batendo em um ritmo controlado.