Todos Nós Vamos Morrer (2)

Yeri avançou, sua voz leve e etérea. Era encantador ouvir letras tão profundas sendo expressas pela voz que ela estava representando.

"Agora, estou deitada na cama da qual não queria sair.

Isso era no passado.

Agora, a cama é meu lar permanente.

Um que duraria.

Era difícil demais trazer de volta o passado?

Era isso tudo pelo que vivi?"

Ela falava dos arrependimentos, dos momentos que alguém gostaria de poder recuperar no leito de morte.

Ao se mover graciosamente pelo palco, parecia que ela plantava sementes invisíveis. Borboletas brancas pequenas voavam pela tela LED, adicionando delicadeza aos gestos dela.

As outras garotas seguiam seu exemplo, suas mãos roçando o ar como se cuidassem das sementes que Yeri havia plantado.

Seus movimentos eram fluidos, menos como uma dança ensaiada e mais como uma progressão natural de ações.

Não parecia coreografia.

Era uma história.

O solo de Yeri deu lugar ao refrão, onde todas as cinco garotas uniram suas vozes em bela harmonia.