Cecília saiu do transe, com a respiração presa na garganta à medida que a gravidade do que acabara de fazer se instalava.
Ela se afastou bruscamente, levantando-se da cadeira com um movimento repentino e quase frenético.
Sua mão voou para os lábios, seus dedos tremendo como se o próprio toque os lembrasse do beijo—do calor que sentira, mas não deveria ter sentido. A vergonha corou-lhe o rosto, suas bochechas arderam.
"E-Eu sinto muito," ela gaguejou, sua voz mal superando um sussurro. "Eu não sabia o que estava fazendo. V-Você deveria ir embora agora." O olhar dela desviou dele, o peito apertado pela culpa.
Mas Asher, de pé atrás dela com um olhar calmo e quase sabedor, se inclinou mais perto, sua voz um sussurro baixo e sedutor. "Até quando você vai mentir para si mesma, Cecília? Não é cansativo?" Seu braço começou a envolver sua cintura esbelta, os dedos roçando o tecido de seu vestido. "Você me beijou de volta. Eu sei que você me deseja."