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Sob a fraca luz de lua sangrenta, Silvan estava nos Portões Sul, sua alta estatura rígida e imponente como a de um homem talhado em pedra.
Uma legião do Exército Carmesim permanecia em formação perfeita atrás dele, suas armaduras reluzindo à luz tremeluzente das tochas, alheias às sombras que se acumulavam na expressão de Silvan.
Seu olhar vermelho escuro se desviou em direção a um punhado de senhores reunidos perto dos alojamentos. Eles não estavam falando, mas seus olhos carregavam o peso de um segredo não dito.
Silvan fez um aceno mais leve. Os senhores trocaram um gesto silencioso e similar antes de se afastarem, seus movimentos rápidos e calculados, sombras os engolindo enquanto desapareciam na escuridão.
Silvan, com o rosto inexpressivo, girou sobre os calcanhares, sua capa escura sussurrando contra as pedras enquanto deixava seu posto. O murmúrio de seus soldados desaparecia atrás dele, misturando-se ao silêncio mortal da noite.