O Despertar

A área ao redor das duas figuras nuas ainda estava carregada de calor e tensão, o ar elétrico com os resquícios do que acabara de acontecer.

O cheiro de suor, desejo e emoções cruas grudava nas frias e antigas paredes de pedra, misturando-se com a aura sempre presente de decadência e mana sombria nas ruínas.

A respiração de Asher estava pesada, seus músculos tensos, sua mente ainda cambaleava com o que acabara de ocorrer. Que diabos ele tinha feito? Ele realmente a beijou?

Ele sempre a viu como menos do que uma escrava e a odiava tanto que nunca quis beijá-la e fazê-la se sentir como uma pessoa.

Ele não sabia por quê, mas logo após o momento em que seus corpos se uniram, foi como uma represa se rompendo.

Toda aquela raiva.

Todo aquele ódio.

Toda aquela frustração contida.

Tudo isso explodiu em algo violento, algo desesperado—algo que nenhum dos dois podia parar.