Em uma terra distante, um homem de meia-idade caminhava com dois jovens pelo coração de um vasto deserto.
Todos três seres possuíam caudas semelhantes às de lagarto saindo de suas costas, cobertas por espinhos agudos.
Se ignorasse as caudas, os dois jovens pareceriam não diferentes de humanos comuns, exceto por seus pupilas duplas em cada olho.
O homem de meia-idade, por outro lado, não se parecia em nada com um humano. Ele tinha uma cabeça humana, mas o resto do seu corpo era mecânico, feito de um metal desconhecido.
Era como se um humano tivesse vestido uma armadura robótica. Para esse homem, era toda a sua existência.
"Alma!" exclamou um dos jovens.
"O que você acha?" perguntou o homem de meia-idade, virando-se para o outro jovem, esperando por sua resposta.
"Se é apenas a alma sem as memórias, então essa ainda será a mesma pessoa? Não são as memórias que vivenciamos que nos fazem quem somos? Eu acho que são as memórias," respondeu o outro jovem.