Ava: Um Lugar Familiar

Um vazio branco se estende em todas as direções. Nem para cima, nem para baixo, sem noção de espaço ou tempo. Minha última memória me coloca no sofá da minha cabana, a exaustão finalmente me reivindicando após o que parece ser dias com sono mínimo.

E ainda assim aqui flutuo, em um vazio familiar.

Uma memória provoca nas bordas de minha consciência — uma sensação semelhante de cair sem movimento, de existir sem respiração ou corpo.

"Por que isso parece tão familiar?" As palavras desaparecem no silêncio, sem ar para carregá-las. No entanto, de alguma forma, sei que as pronunciei.

Porque já estive aqui antes. Em outro tempo, em outro sonho. Só não consigo lembrar —

Mas de repente, o branco não existe mais, e eu pisco meus olhos contra a luz brilhante do sol. O ar quente me rodeia, meu corpo cozinhando sob as camadas quentes de inverno.