Cap 41 Furões

Nunca disse isso. Eu te amo do jeitinho que você é. Quero você ao meu lado, assim como quero que esteja ao lado da Lin Suuy. Quero te ajudar a ficar mais forte, quero você como alguém que possa caminhar comigo -falei com calma e seriedade, terminando a refeição.

Peguei uma pílula de luz e calmante, coloquei na boca e beijei Suu Kin, fazendo-a consumir o remédio através do beijo. Ao separar nossos lábios, sussurrei com doçura:

Eu quero que você também seja minha… e apenas minha e da Lin Suuy.

Afastei meu corpo do dela e fui até a sala. Sentei no sofá e comecei a ler, aproveitando o momento para meditar. Após um suspiro incômodo, levantei-me, caminhei até a porta e avisei que sairia. No hall do prédio, expliquei que deixaria alguns tigres para proteger o local. O porteiro, um homem gentil, sorriu e disse que cuidaria de tudo — me avisaria caso houvesse qualquer perigo.

Acompanhada de Limão, saímos em disparada em direção ao centro da cidade em busca de recursos. No caminho para um grande mercado, avistei um pet shop. Entrei.

Dentro, encontrei várias rações e muitos animais presos, famintos. Arrombei algumas cápsulas de ração e rasguei sacos, libertando os animais e esperando que se alimentassem. Seis furões de cores diferentes se aproximaram, me cheiraram curiosos e, de repente, deitaram no meu colo e ao redor. Peguei uma bolsa do meu armazenamento infinito e, com cuidado, os acomodei dentro dela.

Em seguida, juntei alguns pacotes fechados de comida para furões e guardei tudo. Com delicadeza, pendurei a bolsa no pescoço de Limão, o enorme tigre. Continuamos andando até uma delegacia próxima. Lá, coletei armas, munição e coletes à prova de bala — tudo guardado com segurança no armazenamento infinito.

Já no grande mercado, vi que ele estava fechado. Mas isso não me impediu: forcei a grade de ferro sobre a porta de vidro até conseguir entrar. Dentro, vasculhei as prateleiras por alimentos ainda dentro da validade e os guardei.

Na área de carnes, notei que o freezer ainda soltava uma brisa gélida, mesmo após uns quinze ou dezoito dias sem energia. Aproveitei para recolher chocolates bem preservados próximos à corrente fria. Continuei explorando, agora em busca de roupas infantis e peças para os outros moradores refugiados no prédio.

Durante o trajeto, me deparei com alguns monstros incendiários. Felizmente, estava equipada com uma arma de combate à distância — e consegui eliminá-los facilmente.