Parte 1: O dia em que a terra parou PT-2.
Soohyun sentia seu corpo pesado, sua mente confusa, como se estivesse preso em um pesadelo sem fim. Ouvia vozes distantes, barulhos de máquinas, mas tudo parecia abafado. Então, de repente, seus olhos se abriram.
Soohyun: Onde... eu estou?
Ele tentou se mover, mas sentiu uma dor aguda percorrer seu corpo. Sua respiração estava ofegante, e sua cabeça girava. Quando olhou ao redor, percebeu que estava em um quarto de hospital. O sol atravessava as cortinas, indicando que ainda era de manhã. Ele olhou para os lados e viu fios conectados ao seu corpo. Seu coração acelerou.
Soohyun: Akari! Onde está minha irmã?!
O desespero em sua voz fez com que as enfermeiras na sala se assustassem. Elas se entreolharam por um instante antes de uma delas correr para chamar o médico. Mas Soohyun não podia esperar. Ele começou a puxar todos os fios conectados a seu corpo, sentindo um incômodo ao remover os dispositivos que ajudavam em sua recuperação.
Enfermeira: Senhor, por favor, não faça isso! Você ainda está muito fraco!
Ignorando os avisos, Soohyun tentou se levantar da cama, mas suas pernas falharam e ele caiu com força no chão. Uma dor lancinante percorreu seu corpo, fazendo-o grunhir de dor. Ele sentiu algo errado, como se sua força estivesse drenada. Foi então que algo inesperado aconteceu.
O chão sob seus pés começou a brilhar, formando um círculo luminoso. Em um instante, um portal se abriu bem na sua frente, e de dentro dele, uma figura conhecida emergiu.
Soohyun levantou a cabeça e viu sua irmã bem na sua frente. Seus olhos se encheram de lágrimas. Ele reuniu todas as forças que ainda restavam e se levantou cambaleante, jogando-se nos braços de Akari.
Soohyun: Graças a Deus... você está viva...
Seu corpo tremia enquanto ele abraçava Akari com toda a sua força. O choro veio de maneira incontrolável. Ele sentia que havia perdido algo importante, mas precisava ter certeza.
Soohyun: Quanto tempo se passou? Desde que eu vim parar aqui?
Akari: Já faz três semanas...
O tempo pareceu parar por um instante. Três semanas. Três semanas desde aquele dia...
Soohyun: E Maki? Sayuri?
Akari abaixou a cabeça, evitando o olhar do irmão. Seu silêncio foi mais doloroso que qualquer resposta. Soohyun sentiu um aperto no peito, como se algo estivesse se quebrando dentro dele.
As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto, e Akari, sem conseguir segurar a dor, começou a chorar junto com ele. O quarto foi preenchido por soluços abafados.
Muito próximo dali, o médico havia acabado de receber a notícia sobre o despertar de Soohyun. Enquanto se dirigia ao quarto, parou ao ouvir uma conversa entre as enfermeiras.
Enfermeira: Doutor, quantas pessoas morreram no desastre do dia 27 de fevereiro?
Médico: Cerca de 7.480 foram dadas como mortas... e 80 ainda estão desaparecidas. Cerca de 350 estão em estado grave... e 30 já receberam alta.
A enfermeira ficou pálida, cobrindo a boca em choque. O peso da destruição era imenso. O médico apenas suspirou, seguindo caminho até o quarto de Soohyun.
Ao abrir a porta, viu os dois irmãos abraçados, chorando juntos. A cena o abalou profundamente. Ele hesitou por um instante antes de entrar.
Soohyun: Akari... e Akira? Onde ele está?
Akari: Ele está na sala ao lado... Ele passou por duas cirurgias... no pulmão e no estômago...
Soohyun fechou os olhos com força, sentindo um novo aperto no peito.
Akari: Os médicos dizem que é um milagre ele estar vivo... Mas ainda não sabem quando ele vai acordar...
O silêncio tomou conta do quarto. A dor da perda, a incerteza do futuro... Soohyun sentia que tudo estava desmoronando.
Os dois ficaram em silêncio, tentando se acalmar. O choro de Soohyun e Akari diminuía com o passar dos minutos, até que, depois de 15 longos minutos, ambos estavam mais tranquilos. Akari, com cuidado, ajudou Soohyun a se levantar da cama, apoiando-o para que ele não caísse novamente. Ela o colocou de volta na cama, ajustando os travesseiros para que ele ficasse confortável.
Com um leve aceno de cabeça, Akari indicou para a enfermeira, que estava na porta, que já poderia recomeçar a colocar todos os dispositivos que Soohyun havia removido. A enfermeira, apreensiva, se aproximou, mas antes de começar, ligou a televisão.
As notícias continuavam a rodar, incansáveis, com imagens de helicópteros sobrevoando a cidade e câmeras de segurança capturando cenas da destruição.
A voz do repórter ecoou pela sala de hospital.
Repórter: "Imagens exclusivas mostram o que parecia ser uma clara ameaça alienígena. Helicópteros e forças militares foram mobilizados para investigar o ocorrido, mas o verdadeiro mistério gira em torno dos cinco jovens envolvidos no confronto com o ser alienígena. Seriam eles aliados ou inimigos? E o que, afinal, o governo do Japão está preparando com tudo isso?"
Repórter: "A delegacia de polícia de Tóquio já iniciou uma investigação aprofundada sobre os eventos e, segundo informações, localizaram os jovens que estavam na batalha. Duas jovens mulheres que participaram da batalha foram dadas como mortas, enquanto dois outras estão hospitalizadas em coma. A jovem que também demonstrou poderes durante o combate, se referindo claramente a Akari Tachibana, continua desaparecida."
As palavras ecoaram na mente de Soohyun, deixando-o ainda mais apreensivo. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. As perguntas que ele tinha sobre o que aconteceu, sobre o que estava por vir, pareciam se agravar a cada nova notícia.
Enquanto a enfermeira terminava de ajustar os fios e aparelhos, Soohyun ficou em silêncio, refletindo sobre tudo o que tinha acontecido e o que ainda estava por vir. Ele sabia que, com a situação ganhando proporções tão grandes, isso provavelmente resultaria em um julgamento de proporções nacionais. A tensão aumentava. O futuro parecia incerto e o medo do desconhecido o invadia.
A enfermeira, após terminar o procedimento, olhou para Soohyun com um olhar preocupado. Ele não sabia o que esperar mais, mas tinha a sensação de que tudo estava prestes a mudar drasticamente.
Parte 2: o Julgamento de Soohyun Joh Park
Dois dias após o incidente, Soohyun estava completamente recuperado, mas as repercussões do confronto com o alienígena ainda eram sentidas em toda a cidade. A mídia não parava de especular sobre o que aconteceu no dia 27 de fevereiro, com helicópteros sobrevoando os locais e câmeras de segurança mostrando fragmentos do desastre. Muitos começaram a questionar: quem eram os jovens envolvidos nesse evento? Eram heróis ou vilões?
Dia 1: O Julgamento
Soohyun estava sentado na sala de tribunal, com a tensão no ar. A acusação não poupou esforços para provar que ele foi responsável pela destruição e pelas mortes resultantes dos confrontos. Eles argumentaram que, independentemente da ameaça alienígena, suas ações causaram caos e pânico, e ele deveria ser responsabilizado por isso. A mídia estava saturada de imagens dos momentos mais impactantes da batalha, e muitos cidadãos já haviam formado suas opiniões.
A presença de sua mãe, Minji Park, no tribunal foi marcante. Minji estava em silêncio, com os olhos marejados, sem poder olhar diretamente para Soohyun. Ela não sabia o que pensar. Por um lado, ela queria acreditar no filho, mas, por outro, o medo de vê-lo perder tudo, incluindo sua liberdade, a consumia. Akari, sua irmã, também estava presente. Diferente de Minji, ela se mantinha firme, encarando a situação com uma coragem inabalável. A presença de Akari no tribunal não era só por apoio emocional, mas também uma tentativa de proteger Soohyun de uma maneira mais ativa, como se fosse a única pessoa a acreditar que a batalha de seu irmão foi para salvar o mundo, não para destruí-lo.
Enquanto o julgamento se desenrolava, a acusação foi implacável. Eles argumentaram que, independentemente da ameaça alienígena, Soohyun havia causado um tremendo dano à cidade, sem controle sobre seus poderes, e que isso deveria ter consequências. A defesa, liderada pelo advogado Ramsey Taro, amigo de longa data de Minji, manteve sua posição de que Soohyun estava apenas tentando proteger as pessoas. Ele destacou o fato de que, embora a destruição fosse evidente, a causa era algo muito maior do que um simples erro humano.
Ramsey Taro (Advogado de Defesa):
"Soohyun não é um criminoso. Ele não escolheu ter esses poderes. Ele não causou a destruição por pura vontade. Ele agiu para proteger a todos. O verdadeiro inimigo estava fora de sua compreensão, e ele não podia ter previsto as consequências de um combate com algo tão superior a ele."
Minji olhava para seu filho com o coração apertado. Ela sabia que ele não havia feito nada intencionalmente errado, mas os sentimentos conflitantes dentro dela eram difíceis de controlar. Ela se levantou em um momento de fraqueza, olhando para Soohyun com lágrimas nos olhos, o que causou uma pausa emocional no tribunal.
Minji Park (mãe de Soohyun):
"Eu... como mãe, posso dizer que ele não é o monstro que todos querem fazer parecer. Ele foi escolhido por algo maior do que ele. Ele só queria proteger as pessoas, como qualquer um de nós faria."
Enquanto Minji falava, Akari se manteve ao lado de seu irmão, com o rosto sério, mas seus olhos refletiam uma dor imensa. Ela sabia que a batalha dele não seria apenas contra Ikaris, mas também contra o preconceito e o medo da sociedade.
Akari (irmã de Soohyun):
"Nós não pedimos para isso acontecer. E ninguém pode imaginar o peso que ele carrega. Mas, ele fez o que era necessário. E ele é o meu irmão... Ele nunca faria isso por mal."
Os jurados começaram a trocar olhares, e a tensão no tribunal aumentava. A defesa estava ganhando apoio, mas havia muitos que ainda achavam que Soohyun era uma ameaça. O mundo estava dividindo opiniões sobre ele.
Advogado de Acusação:
"O fato de Soohyun não ter controle sobre seus poderes não desculpa o que ele fez. Se fosse qualquer outro ser humano, ele teria sido julgado pela destruição. Não é uma questão de intenções, mas de responsabilidade."
Enquanto a acusação fazia sua parte, a mídia focava nas imagens de Sayuri e Maki, as duas jovens que haviam perdido a vida durante os confrontos. Elas se tornaram símbolos de sacrifício, de pessoas que estavam apenas tentando salvar os outros e pagaram com a vida. A ausência delas no tribunal foi um silêncio pesado, e todos estavam esperando uma explicação. O público questionava se aqueles jovens eram heróis ou se, como o governo sugeria, tudo não passava de uma trama para encobrir os verdadeiros motivos do confronto.
Durante um dos intervalos, Soohyun se sentiu isolado, olhando para sua mãe e irmã, sentindo um peso ainda maior sobre seus ombros. Ele sabia que elas estavam ali para apoiá-lo, mas, ao mesmo tempo, ele não queria que mais pessoas se sacrificassem por ele. O olhar de Akari dizia tudo: ela faria qualquer coisa para protegê-lo, e Minji, com a sua dor, era a mãe que ainda tentava entender como seu filho se tornara o centro de uma batalha interplanetária.
Dia 2: O Veredicto
Após horas de debate, o juiz finalmente anunciou o veredicto: inocente. Soohyun foi absolvido das acusações de destruição e homicídio, pois foi considerado que ele agiu em legítima defesa diante de uma ameaça imensa e sem precedentes. A batalha contra o alienígena Ikaris foi vista como um evento extraordinário que estava além do controle de qualquer ser humano. Embora Soohyun fosse absolvido, o caso ainda dividiu a sociedade. Muitos acreditavam que ele poderia ser uma ameaça em um futuro próximo, e o governo japonês começou a colocar restrições sobre ele, temendo os perigos que seus poderes poderiam causar.
Minji e Akari, aliviadas, mas ainda emocionalmente exaustas, se abraçaram após o anúncio. Soohyun, embora aliviado por ter sido inocentado, sentia que a luta estava longe de terminar. Ele sabia que a sociedade nunca o veria como antes, e o fardo de sua verdadeira identidade ainda estava por vir.
Mas a principal preocupação de Soohyun estava longe do tribunal e das câmeras. Sayuri e Maki, as jovens que haviam lutado ao seu lado, não estavam mais lá para ver a vitória dele. Os enterros delas estavam programados para os próximos dias, e o peso da perda ainda consumia Soohyun.
Dia 3: A Revelação para o Mundo
Após a sentença, Soohyun sentiu que precisava ir além das palavras de defesa no tribunal. Ele não podia mais esconder a verdade sobre quem ele realmente era e o papel que havia desempenhado naquele confronto. Ele sentia que isso era crucial para dar um final honesto e verdadeiro àquela história.
Em uma coletiva de imprensa logo após sua absolvição, Soohyun subiu ao palco, com os olhos firmes, olhando para as câmeras que o filmavam. O peso de suas palavras estava prestes a mudar tudo.
Soohyun:
"Eu sei que muitos de vocês ainda têm dúvidas sobre o que aconteceu. Muitos acham que eu sou apenas um garoto comum, que agiu de forma irracional e causou toda essa destruição e morte na vida de tantas pessoas. Mas eu não sou um simples ser humano. Eu fui escolhido para carregar um poder que vem de muito além da Terra. Eu sou um humano, sim, mas os poderes que tenho foram dados a mim por um Celestial. Um Celestial que tinha a missão de proteger a Terra da ameaça que se aproximava... e essa ameaça era Ikaris."
A sala ficou em completo silêncio enquanto Soohyun continuava, sentindo o peso das palavras e o impacto de sua revelação.
Soohyun ( continuando ):
"Ikaris era um Celestial, mas ele se corrompeu. Ele passou a ver os humanos como inferiores, e com esse poder imenso, ele começou a agir como um tirano. Eu fui escolhido para enfrentá-lo, para impedir que ele destruísse tudo o que amamos, as pessoas que amamos, nosso lar, nosso país, nosso planeta inteiro. Mas a verdade é que, durante aquela batalha, ninguém sabia a magnitude do que estava em jogo. Eu não sabia... até ser confrontado diretamente com ele. E, no final, muitos de vocês viram a destruição que ficou. Mas, acreditem em mim, foi para salvar a humanidade. Para salvar vocês. Eu também perdi muita coisa naquela batalha, a jovem que me ajudou a vencer, Sayuri Yoshida era a minha namorada... Ela era o amor da minha vida... Eu fiz tudo que estava no meu alcance para tentar salvar a todos, mas pior do que a dor de ser estrangulado foi ver Ikaris matando ela bem na minha frente e agora o meu melhor amigo, Akira Ishigami, está em coma e eu não faço ideia de quando ele vai acordar e quando você pensa que a situação está ruim ela consegue ficar pior, porque não foi só a Sayuri Yoshida que morreu por todos nós, mas a Maki Sakurazawa também, ela era a namorada do Akira... E agora ela está morta, e ele talvez nunca saiba disso"
Soohyun começou a chorar e desceu do palco com o apoio de sua irmã Akari enquanto ele se afogava com as próprias.
As palavras de Soohyun causaram uma onda de choque na sala. Alguns jornalistas começaram a murmurar entre si, tentando processar a gravidade das palavras de Soohyun John Park. Outros cidadãos começaram a debater as implicações de suas palavras. Alguns ainda duvidavam dele, mas a grande maioria teve forte reação de apoio, agora que ele havia exposto a verdade.
Parte 3: Uma chance quase nula
O dia do funeral de Sayuri Yoshida amanheceu cinzento, como se até mesmo o céu lamentasse sua partida. O vento frio soprava pelas árvores do cemitério, balançando suavemente as pétalas das flores que enfeitavam o local. Entre os presentes, Kaori Yoshida, a mãe de Sayuri, permanecia em pé diante do caixão, os olhos marejados e a expressão tomada por uma mistura de tristeza e confusão.
Soohyun Joh Park, acompanhado por Akari e Minji, caminhou em direção ao caixão com um buquê de lírios azuis nas mãos. Sua mente estava entorpecida, como se tudo aquilo não fosse real. Quando ele parou diante do caixão, olhou para Sayuri uma última vez e depositou o buquê sobre a madeira escura. Seus dedos tremeram ao se afastar.
Kaori se aproximou dele, os olhos brilhando de mágoa.
Kaori: Você sabia que minha filha tinha poderes. Você sabia de tudo e nunca me contou...
Kaori: com a voz falhando carregada de dor E agora ela está morta. Morta! E eu nem sequer sabia quem ela realmente era!
Soohyun abaixou a cabeça, sentindo o peso das palavras dela.
Soohyun: Eu... eu nunca quis esconder isso de você, senhorita Kaori. Sayuri queria te proteger, ela tinha medo de como isso poderia afetar sua vida.
Os olhos de Kaori se encheram ainda mais de lágrimas, e então, sem forças para se manter de pé, caiu de joelhos diante de Soohyun, soluçando de dor. Ele, tomado por uma tristeza absoluta, abaixou-se e a ajudou a se levantar, segurando-a com firmeza e respeito.
Soohyun: Ela era tudo para mim... eu a amava mais do que tudo. Eu queria protegê-la, mas falhei...
Kaori olhou para ele, vendo ali não apenas um jovem culpado, mas alguém que havia perdido tanto quanto ela.
Kaori: Sayuri era importante para todos aqui... Ela tinha um futuro brilhante. Ela era minha filha... minha menina...
Kaori disse, mas logo perdeu as forças para continuar. Seus irmãos, que estavam ao seu lado, a apoiaram, permitindo que ela desabasse sem medo.
Soohyun então respirou fundo e se virou para os presentes.
Soohyun: Sayuri Yoshida foi mais do que minha namorada. Ela foi minha luz, minha esperança... Ela sempre acreditou em mim, mesmo quando eu não acreditava. Ela trouxe cor à minha vida, trouxe calor ao meu coração. Nada do que eu disser será o suficiente para expressar o quanto eu a amava e ainda amo.
Akari e Minji também prestaram suas homenagens. E então, o funeral se encerrou. O caixão foi baixado à terra, e a última despedida foi feita.
Após a cerimônia, quando todos já estavam indo embora, Unemiya surgiu do nada e, sem hesitação, desferiu um soco direto no rosto de Soohyun. O impacto ecoou no silêncio do cemitério, fazendo todos ao redor se virarem surpresos.
Unemiya: Você deveria ter protegido a minha irmã! Maki está morta por sua culpa!
Akari avançou contra ele com lágrimas escorrendo pelo rosto.
Akari:Com que direito você bate nele?! Todos aqui estão sofrendo! Você acha que a dor dele é menor que a sua?!
Mas, no instante seguinte, Akari caiu de joelhos e começou a chorar incontrolavelmente. Ela se manteve forte até ali, mas não aguentou mais. A dor era esmagadora. Unemiya, ao ver isso, não conseguiu mais sustentar sua raiva e começou a chorar também. Ele então correu para longe, sem conseguir encarar mais ninguém.
Soohyun se abaixou e ajudou Akari a se levantar. Os dois caminharam lentamente até o carro, chorando em silêncio. Minji, que até então havia tentado manter a postura, cedeu ao peso da tragédia e também chorou, adiando a partida por alguns instantes em respeito a seus filhos.
Mais tarde naquela noite, Soohyun vagava pelas ruas chuvosas de Shinjuku, vestindo um terno sem blazer. Em sua mão, segurava uma garrafa de bebida alcoólica, algo que nunca costumou fazer, mas infelizmente, cedeu naquele dia. A tempestade se aproximava, e ele sentia o peso do mundo sobre seus ombros.
Soohyun: ele murmurou para si mesmo, seus olhos fixos na escuridão da cidade Por que isso aconteceu...? Por que eu ainda estou vivo?
A culpa o devorava. Ele pensava em Sayuri, em Maki, em Akira, que ainda estava em coma. A dor se acumulava até se tornar insuportável. Ele gritou com toda a sua força para os céus, deixando a tempestade consumir sua angústia.
Foi então que ouviu uma voz em sua mente.
Locart: Soohyun, eu sei que está sofrendo... Mas poderia vir ao Reino dos Celestiais, por favor?
Soohyun: Vai se ferrar.
Ele continuou andando até que, sem forças, caiu no chão, e num piscar de olhos, desapareceu.
Quando abriu os olhos novamente, estava diante de Locart, que o observava com uma expressão carregada de tristeza e culpa.
Soohyun: Você... Porquê você me trouxe aqui? A batalha já acabou, me deixe em paz.
Locart hesitou, mas então ativou um holograma que mostrava os sete universos.
Locart: Encontrei algo que pode te ajudar. Eu estive investigando algo no universo onde o poder provém da magia, foi então que nas minhas pesquisas eu descobri que existe vários tipos de artefatos na terra daquele universo, eu a denominei de terra 2. O fato é que, um desses artefatos é capaz de reviver alguém que já faleceu.
Soohyun arregalou os olhos, sem acreditar no que ouvia.
Soohyun: Você tá falando sério?
Locart: Sim, mas há um limite. Ele pode reviver até três pessoas. Além disso, é impossível.
O coração de Soohyun acelerou.
Soohyun: E onde ele está, onde posso encontrar?
Locart: suspirando Eu não sei. Esse universo é governado por outro celestial, e minhas informações sobre ele são muito limitadas.
Mesmo assim, pela primeira vez em muito tempo, um brilho voltou aos olhos de Soohyun. Ele apertou os punhos, determinado.
Soohyun: Se existe uma chance, mesmo que pena de trazer Maki e Sayuri de volta, eu vou atrás dela.
Locart: Então você está disposto a fazer isso?"
Soohyun olhou para ele com firmeza.
Soohyun: Sem sombra de dúvidas.
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Fim do capítulo 24 e fim do primeiro arco.