— ["Adquirido feitiço: 'Bola de Fogo (Comum) (Nível: 1)'"].
— ["Descrição: Ao manipular a mana à sua volta, você concentrou a mana elemental em uma bola de fogo, capaz de ser lançada, que explode depois de um tempo ou ao bater contra algo muito sólido. Pode incendiar coisas e inimigos se sobrar algo para contar história. "]
— ["Canto de Evocação: Oh, grande mundo, o poder dos poderes. Dai-me o poder de evocar o fogo de dentro dos vulcões, concentrado em uma bola de fogo, para poder lançar em meus inimigos e reduzi-los a cinza. Bola de Fogo."]
— ["Consumo: 5 de mana por lançamento."]
— "Incrível, eu realmente tenho um feitiço, isso me tornará um mago de verdade. Hehe" Edart estava feliz e as mensagens continuaram a aparecer.
— ["Usando um antigo pergaminho como catalisador e através do poderoso mundo em que vive, você conseguiu canalizar a mana para seu desejo e criar um feitiço, emprego 'Mago de Fogo' (Raro) (Nível: 1)' está disponível"].
— ["Parabéns, você se tornou um mago Edart."]
Edart olhava para seu novo emprego com felicidade, admirando essa conquista. Quando ia respondê-la, sentiu um aperto no peito, um cansaço o atingiu, fazendo cair de joelhos no chão. Logo, letra por letra apareceu em sua visão, formando uma nova mensagem.
— ["Afligindo pelo mundo: Mago maldito."]
— ["Descrição: Uma ponta solta ousa usá-lo como fonte de poder para lançar seus feitiços, tirando sarro de sua cara, o enfurecendo mais ainda. O mundo não sabe como você consegue usar seu poder para canalizar feitiços e nem consegue impedi-lo de fazer isso. Assim, sua única forma de revidar é resistir e fazer seus feitiços custarem o dobro de mana necessária. O mundo está furioso com sua existência, é melhor evitá-lo."]
— ["Efeito: Todo feitiço custa o dobro de mana para ser lançado e tem metade da força total."]
Ainda de joelhos no chão, pensando sobre o que acabara de ler, Edart não sabia se tinha sorte ou azar. Aparentemente, ele poderia fazer coisas que outras pessoas não poderiam fazer normalmente, assim conseguiu mais poder. Infelizmente, o mundo não gostava que os seres vivos usassem esse poder.
Se o caminho que ele estava seguindo levasse ao verdadeiro poder, o mundo poderia estar com medo disso acontecer e está tentando dificultar sua vida de diversas maneiras. Infelizmente, Edart não tinha certeza de nada e tudo era especulação em sua cabeça, deixando-o cada vez mais confuso.
— "O que sabemos sobre esse mundo?" Ele falou para si, tentando organizar seus pesamentos e conhecimentos que adquiriu até aqui. Assim, ele formou uma lista em sua cabeça.
O mundo era uma entidade que ele não sabia se era o planeta em si ou um ser muito poderoso, que aparentemente não poderia interferir diretamente com seus juniores, apenas influenciar o ambiente à sua volta.
A manipulação de mana era uma coisa que o mundo não gostava que outros seres pudessem controlar, no entanto, não podia impedir.
Era possível usar o poder desse ser de alguma forma que Edart não entendia para lançar feitiços.
Para ter mais opiniões, Edart conversou com Éris, contando tudo que estava em sua mente.
— "O que você pensa?" Perguntou a ela após contar tudo o que pensava.
— ["Esse mundo deve ser algum ser muito poderoso, como um deus ou algo do tipo. Se for assim, deve haver regras no universo que desconhecemos que impedem os seres muito poderosos de prejudicar os mais fracos. Assim, ele só pode manipular o ambiente até certo ponto. Estou me baseando nos animes, mangas e livros que você leu no seu mundo. Então não podemos ter certeza."]
— "Sim, eu entendo. Mas em questão ao consumo de mana dos feitiços, como ele pode interferir tão diretamente?"
— ["Bem, isso deve estar ligado ao canto de evocação do feitiço, ao dizer 'Oh, grande mundo, o poder dos poderes' você estaria usando o poder dele para guiar seu feitiço. Como faz parte do poder dele, ele poderia interferir diretamente até certo ponto. Se você usasse outra entidade poderosa, talvez o mundo não teria como influenciar no consumo de mana. "]
—"Faz sentido, eu não tinha certeza se funcionaria, apenas tentei o que vi nos animes, felizmente funcionou, hehe."
Pensar sobre tudo isso estava dando uma dor de cabeça para ele. Como não sabia nada sobre esse mundo, ficar especulando não o levaria muito longe. Quando ele conhecesse algo sábio da montanha, faria suas perguntas na esperança de receber alguma resposta.
— "Não vamos se preocupar com isso agora, desde que tenhamos cuidado, podemos ficar seguros." Dizendo isso, Edart levantou-se e foi até o baú para ver se tinha algo de bom que pudesse usar.
No baú havia duas coisas muito úteis para ele. A primeira coisa que ele pegou foi uma bolsa pequena, que tinha pequenos rasgos aqui e ali, mas ainda poderia carregar seus pertences.
— "Não é grande coisa, contudo será de grande ajuda."
Olhando para a segunda coisa no baú, Edart estendeu a mão e pegou. Segurando firme na empunhadura, uma espada com alguns pontos de ferrugens estava em sua mão.
— "Você já viu dias melhores, no entanto, deve ser o suficiente para matar alguns slimes."
Edart deu mais algumas olhadas na espada, tentou alguns golpes que saíram estranhos e mal executados. Quase quebrou alguns frascos que estavam sobre uma bancada próxima.
— "Preciso treinar um pouco antes de conseguir usar isso. Melhor fazer isso lá fora."
Olhando para estante cheia de livros e pergaminhos, Edart se aproximou de um e abriu. A mesma escrita rúnica estava presente, após folear algumas folhas, ele fechou o livro e pegou outro. Após olhar uns 10 livros, percebeu que teria que aprender esse idioma ou poderia usar esses livros como combustível, o que era algo que ele não queria fazer.
Como não tinha mais nada para ver na casa, Edart saiu e foi ao local do impacto da bola de fogo que ele lançou antes.
Ao chegar no local de impacto, Edart viu um pequeno círculo de 20 centímetros de diâmetro, onde havia gramas, agora estava carbonizado e, além disso, a grama ao redor acabou queimada. O solo afundou alguns centímetros no local de impacto.
— "Realmente poderoso, quero ver como os slime vão reagir a isso." Embora seu feitiço custasse o dobro do normal e só tivesse a metade da força, contra os slime seria um golpe fatal.
— "Se eu conseguisse acertar 10 desse naquele urso, acho que poderia ter uma chance de vencer." Edart viu uma possível solução para um de seus problemas. — "Só preciso ficar mais forte." Disse com determinação crescente.
Não conseguindo evitar sua ansiedade, Edart sentiu a necessidade de testar mais seu novo feitiço. Lembrando do que aconteceu com a janela do laboratório, ele se afastou da casa.
'Não quero ter que consertar mais coisas por aqui', pensou enquanto andava para longe da nova casa.
Longe o suficiente para não causar mais problemas, Edart começou a testar seu feitiço, tendo mana suficiente para só mais quatro bolas de fogo. Ele precisava prestar atenção e aprender o máximo possível com isso.
Primeiro, ele testou como funcionava para ativar o feitiço. Tentou apenas pensar no feitiço para ativar, mas nada aconteceu, parecia ter um funcionamento diferente das habilidades.
Depois, tentou apenas chamar o nome do feitiço, o que também resultou em outro fracasso. Não tendo outra escolha, começou a recitar o encanto de evocação. Já que tinha que recitar o encanto, ele testaria mais algumas coisas.
Falando todo a frase de maneira lenta, Edart sentiu como a mana dentro de seu corpo aquecia e movia por cada parte do corpo, por fim acumulava na palma de sua mão, onde formaria uma bola de fogo e seria lançada.
Tentou mudar o braço no qual a bola de fogo se formaria, o que, após tentar duas vezes, ele conseguiu. No processo, descobriu que poderia guiar por onde a mana se moveria em seu corpo e por onde sairia. Foi difícil, no entanto, com mais treino, ele acreditava que poderia controlar onde e como a bola de fogo surgira.
Edart aprendeu que podia parar de recitar a frase e continuar depois, desde que não mudasse a frase. Se errasse a frase, poderia causar uma reação negativa ao corpo. Felizmente, antes de algo de mau acontecer, Éris usou a habilidade 'Manipulação de Mana' e guiou a mana violenta para fora do corpo dele.
— "Obrigado Éris, essa foi por pouco."
Sentido exausto pelo consumo de mana, Edart sentou-se na grama para descansar, observando a vista de sua nova casa.
O terreno atrás de sua casa era coberto por grama, sem uma única árvore avista, seguindo assim até as altas montanhas que impediam o caminho. Elas eram altas e impenetráveis. Enquanto mais olhava, mais se sentia inquieto.
Ao notar isso, olhou em volta novamente, algo estava errado, alguma coisa faltava por aqui. Ele levantou e tentou ver o que faltava.
Foi até a nova casa, olhando em todas as direções e, quanto mais procurava, mais percebia que algo faltava por aqui.
Olhando para a floresta ao longe, pássaros levantaram voo e vieram em direção ao campado calmamente. Quando chegaram perto do fim da floresta, eles viram abruptamente e voltaram para a floresta. Isso estalou algo na mente de Edart.
— "É isso, mas por quê não há animais aqui?"
Ao olhar ao redor novamente, ele percebeu que não havia movimento de animais nem presença de nenhum. Mesmo ao usar a 'percepção de mana', Edart não conseguiu encontrar nenhum ponto de mana concentrado.
— "Éris, você consegue ver se tem alguma coisa de errado com essa região?" Depois de um tempo, ela respondeu.
— ["Não vejo nada de estranho com essa região, o que você tem em mente?"]
— "Tem algo que está afugentando os animais dessa região, eu só não sei o que…" Nesse momento, ele se lembrou daquela sensação que o tentava impedir de avançar. Infelizmente, ela sumiu depois de um tempo.
— "Só pode ser isso…" Edart sentou novamente e tentou sentir aquela sensação. Depois de um tempo, ela voltou muito fracamente. Concentrando nisso, ele levantou e andou em direção à floresta. Conforme mais longe ia, mais fraca ficava, então ele voltou e foi em direção à cabana e a sensação aumentou.
Pensando que poderia ser a casa que estava fazendo isso, Edart passou por ela e foi em direção às montanhas. Para sua surpresa, esse sentimento de opressão continuou a aumentar.
Parando e olhando para lá, ele procurou por algo de estranho, até que achou uma caverna perto do topo de um dos picos. Ao olhar para lá, a sensação aumentou a um novo nível, dizendo para ele ficar longe de lá.
— "Éris, consegue ver algo lá" Disse apontando para a caverna.
— ["Não, está muito longe para eu poder ver algo ou perceber alguma coisa. O que você sente vindo de lá?"]
— "É aquela sensação de opressão de antes, só que muito mais forte, eu sinto que devo ficar longe de lá."
— ["Se ficarmos longe de lá, não deve haver perigos."]
— "Espero que sim, não quero ter que me despedir dessa casa." Edart não sabia o que causava esse sentimento, mas sabia que não devia ser nada fraco, e seria muito mais forte que aquele urso. No entanto, diferente do medo que o urso o fazia sentir, esse sentimento não o afetava muito. Assim, não achou que seria tão ruim ficar por aqui.
— "Só espero que isso não venha puxar o meu pé depois." Dizendo isso, ele voltou para sua nova casa, que precisava de um bom tempo de trabalho para ser habitável novamente.
Antes de qualquer trabalho por aqui, Edart decidiu reunir seus pertences, então voltou para o pomar. Como ele tinha uma bolsa decente agora, ficou muito mais fácil carregar as coisas, contudo, ele não jogaria fora sua bolsa de folhas, ela ainda serviria para colher ervas e flores, assim ficaram em um local separado, não sofrendo nenhum dano.
Quando voltou à cabana, já estava ficando tarde e ele queria testar umas coisas lá dentro. Se lavou no riacho o melhor que pode e voltou para dentro, sem esperar que o dia escurecesse. Ele entrou no quarto e se jogou na cama.
Parecia uma cama da era moderna, diferente da cama de palha que esperava encontrar. Talvez ele devesse reconsiderar o tipo de civilização que existia aqui, pois pensava que era uma civilização medieval, na verdade, poderia ser mais avançada, mas isso ficaria para o futuro.
Deitado nessa cama macia, o cansaço acumulado dos últimos dias, juntamente com um péssimo sono que teve, logo Edart adormeceu, dormindo como uma pedra, onde só acordaria no próximo dia revigorado e pronto para mais aventuras.