A Fúria dos Ventos

Léo, Lumina, Alex e Annie avançavam pelos corredores do castelo de Sorano, seus passos ecoando nas paredes antigas, enquanto a tensão se intensificava a cada segundo. As sombras das tochas tremeluziam nas pedras esculpidas, e o grupo se movia com determinação, cientes de que o destino de Lumirian dependia de sua missão.

Léo, com seus cabelos castanhos encharcados de suor e a espada mágica flamejante firme em sua mão, liderava o caminho. O calor da lâmina irradiava ao seu redor, iluminando o caminho à frente. Ao seu lado, Lumina, com seus cabelos loiros brilhando à luz das chamas, segurava sua espada mágica da luz, a lâmina irradiando um brilho dourado que parecia repelir as trevas que envolviam o castelo, ela orientava o grupo para qual caminho percorrer no castelo.

Alex, a jovem de cabelos roxos, estava logo atrás, com sua espada mágica gravitacional em mãos. A lâmina emanava uma energia quase imperceptível, distorcendo ligeiramente o ar ao seu redor, pronta para manipular o campo gravitacional e transformar qualquer batalha a seu favor. Por último, Annie, a mais velha e experiente do grupo, com seus cabelos rosas e sua espada mágica rosa dos ventos, movia-se com graça e precisão. A lâmina parecia dançar no ar, controlando o vento e criando correntes de ar que afastavam qualquer obstáculo em seu caminho.

— Estamos nos aproximando — disse Léo, sua voz baixa mas firme. Ele acreditava que Lucius estava sob o controle de Fockz, e resgatá-lo era sua única esperança de pôr fim à ameaça que pairava sobre o reino.

— Precisamos ser rápidos — acrescentou Lumina, seu olhar determinado enquanto seus passos aceleravam. — Não sabemos quanto tempo mais teremos antes que Fockz perceba o que estamos tentando fazer.

Eles atravessaram um grande salão, as portas duplas de madeira maciça já entreabertas, e logo se depararam com um corredor que levava diretamente à sala do trono. No entanto, antes que pudessem avançar mais, o chão de pedra tremeu sob seus pés, e o grupo parou abruptamente.

Diante deles, emergindo das sombras, surgiu uma figura imponente. Era Wanda, a chefe dos laboratórios do submundo, conhecida por seus experimentos nefastos e pela criação de monstros. Seus olhos brilhavam com uma intensidade cruel, e um sorriso sádico curvou seus lábios enquanto ela observava o grupo.

— Acham que vão chegar até Lucius tão facilmente? — Wanda riu, sua voz gélida ressoando pelo corredor. — Vocês não têm ideia do que estão enfrentando.

Com um gesto de sua mão, ela revelou o esquadrão de monstros que havia trazido consigo. Enormes Taurus, com chifres curvados e corpos massivos, surgiram das laterais, seus olhos vermelhos brilhando sob o controle das pedras de sangue cravadas em suas testas. Ao lado deles, Golens de Ferro, com suas armaduras metálicas indestrutíveis, avançavam pesadamente, prontos para esmagar qualquer um que se atrevesse a desafiá-los.

— Vamos mantê-la ocupada — disse Alex, já assumindo posição de combate. Ela sabia que distrair Wanda e seus monstros seria essencial para que Léo e Lumina pudessem continuar.

— Certo, nos encontramos depois — Léo concordou, seu olhar fixo no caminho adiante.

Annie assentiu para Alex, um olhar de entendimento passando entre elas. Com um movimento ágil, Annie invocou um vendaval que varreu o corredor, forçando os Taurus e Golens a se equilibrarem enquanto Alex ativava o poder gravitacional de sua espada, criando uma distorção que os empurrava contra as paredes.

Léo e Lumina, aproveitando a distração, avançaram rapidamente pelo corredor, deixando Annie e Alex para lidar com Wanda e seus monstros. As duas guerreiras se moviam em perfeita sintonia, combinando os poderes do vento e da gravidade para confundir e desorientar os inimigos.

— Vamos, Léo! — Lumina incentivou, enquanto corriam em direção à sala do trono. Ela sabia que a batalha que os aguardava seria a mais difícil de suas vidas, mas não havia espaço para hesitação.

O corredor parecia se estender infinitamente, mas finalmente, Léo e Lumina alcançaram as grandes portas que levavam à sala do trono. Elas estavam fechadas, mas Léo não hesitou. Com um golpe poderoso de sua espada flamejante, ele as abriu com um estrondo, as portas se partindo sob a força do ataque.

A sala do trono estava mergulhada em uma luz sombria, o trono de pedra situado ao fundo, elevado em um pequeno palanque. Sentado no trono, envolto por uma aura sinistra, estava Lucius Perlasca. Seus olhos estavam vidrados, seu rosto pálido e sem expressão, com uma pedra de sangue em sua testa, controlado pela influência maléfica de Fockz.

— Lucius! — gritou Léo, enquanto avançava, mas algo no ambiente o fez parar abruptamente. A presença de Fockz era palpável, como uma sombra invisível que enchia a sala com uma energia opressiva.

Lumina ficou ao seu lado, a espada de luz em posição, pronta para qualquer coisa. Sabiam que salvar Lucius não seria uma tarefa fácil.

A sala onde a batalha acontecia era ampla e fria, com paredes de pedra escura iluminadas por tochas flamejantes que lançavam uma luz trêmula pelo ambiente. O chão de pedra polida refletia as chamas, criando um brilho dourado sob os pés dos combatentes. No centro da sala, uma grande mesa de mármore estava coberta com pergaminhos antigos e frascos de líquidos misteriosos, testemunhas silenciosas da batalha iminente.

Wanda, a vampira, era uma figura impressionante. Seus longos cabelos brancos caíam como uma cascata sobre seus ombros, contrastando com seu vestido vermelho colado ao corpo, que parecia se mover como se tivesse vida própria. Seus olhos brilhavam com uma mistura de malícia e determinação enquanto ela encarava Annie e Alex. Ao seu lado, os monstros controlados por ela—Taurus e Golens de Ferro—rosnavam, prontos para atacar a qualquer comando.

Wanda ergueu as mãos, e de repente, o sangue ao seu redor começou a tomar forma, moldando-se em lâminas afiadas que ela lançou em direção a Annie e Alex. As lâminas cortaram o ar com velocidade, mas Annie rapidamente invocou uma barreira de vento, que desviou os projéteis para longe, fazendo-os colidir com as paredes, onde se desfizeram.

— Ela é mais forte do que pensei — comentou Alex, ofegante, enquanto mantinha seu campo gravitacional em torno dos monstros.

— Não podemos desistir agora, Alex — respondeu Annie, seus olhos determinados enquanto bloqueava outro ataque de Wanda. — Léo e Lumina precisam de tempo.

Wanda, ouvindo a conversa, sorriu com malícia.

— Vocês não são nada para mim — provocou ela. — Sua resistência é inútil. Este castelo será sua tumba.

Alex rangeu os dentes, concentrando sua energia.

— Vamos ver se você ainda pensa assim quando não conseguir mover um dedo — disse Alex, intensificando o campo gravitacional ao redor dos Golens de Ferro.

As criaturas de metal estremeceram sob a pressão crescente, mas Wanda, com um sorriso, liberou uma onda de energia vermelha que interrompeu a manipulação gravitacional de Alex, permitindo que os monstros avançassem novamente.

— Essa foi por pouco — comentou Annie, recuando ao lado de Alex. — Precisamos focar na vampira.

Wanda decidiu mudar de tática. Ela concentrou o sangue em uma única esfera flutuante ao seu redor, girando rapidamente, como um escudo. Com um gesto rápido, ela lançou a esfera em direção a Alex, que precisou aumentar a gravidade ao seu redor para dissipar a força do ataque. A colisão entre a energia gravitacional e a esfera de sangue criou uma explosão de energia que iluminou a sala e fez o chão tremer.

— Não sei por quanto tempo mais consigo segurar isso! — gritou Alex, enquanto o suor escorria pelo seu rosto.

— Continue firme, Alex! — incentivou Annie, lançando uma rajada de vento que forçou os monstros a recuarem novamente. — Vamos mantê-la ocupada até encontrarmos uma abertura.

— Tolos! — riu Wanda, preparando mais ataques. — Suas defesas não durarão para sempre. Quando caírem, suas vidas serão minhas.

Annie e Alex lutavam bravamente, mas o cansaço começava a pesar. As mãos de Annie tremiam ao segurar a espada, e cada vez que Alex invocava sua energia gravitacional, sentia o mana drenando rapidamente.

— Não sei quanto mais posso aguentar — admitiu Alex, respirando pesadamente.

— Precisamos recuar, se não... — começou Annie, mas foi interrompida por outro ataque de Wanda.

Com um último esforço, Annie e Alex desencadearam ataques combinados de vento e gravidade, criando uma tempestade de forças conflitantes que retardou os avanços de Wanda. No entanto, era claro que não poderiam continuar lutando por muito mais tempo.

— Está decidido — disse Annie, ofegante. — Recuar para se reagrupar. Não podemos cair aqui.

— Certo — concordou Alex, dando um último olhar para Wanda, que ainda mantinha aquele sorriso confiante. — Mas voltaremos.

As duas guerreiras recuaram para fora da sala, ainda mantendo uma postura defensiva. Sabiam que precisavam encontrar uma maneira de continuar a luta, mas também sabiam que o mais importante era se manterem vivas para ajudar seus amigos.

Enquanto Wanda observava suas adversárias recuarem, ela sorriu, satisfeita, mas não subestimou suas capacidades. Sabia que aquele confronto ainda estava longe de acabar.

— Corra o quanto quiserem — murmurou Wanda para si mesma, seus olhos brilhando com a promessa de mais combates. — Eu estarei esperando.

A sala onde a batalha continuava era um cenário de tensão e poder, com sombras projetadas pelas poucas tochas que ainda ardiam. A atmosfera estava carregada de energia, com o ar denso e saturado pelo som dos choques entre as lâminas e os murmúrios de encantamentos mágicos. O chão de pedra refletia as faíscas e brilhos dos poderes sendo liberados, criando uma dança de luzes e sombras ao redor dos combatentes.

Wanda, uma oponente formidável, mantinha-se imponente no centro da sala. Seus longos cabelos brancos fluíam como seda, e o vestido vermelho que usava parecia vibrar em sintonia com sua aura poderosa. Ela observava com um olhar confiante enquanto Annie e Alex, aparentemente cansadas, se afastavam lentamente. Cada passo das duas parecia confirmar a crença de Wanda de que estava com a vantagem.

— Entreguem-se, vocês não têm chance — disse Wanda com um sorriso, seus olhos brilhando com satisfação.

Annie e Alex, no entanto, não estavam realmente em desvantagem. O recuo delas era estratégico, parte de um plano cuidadosamente orquestrado. A cada passo para trás, Annie acumulava energia, aguardando o momento certo para agir.

Assim que Wanda ordenou que seus monstros avançassem, Alex concentrou suas últimas reservas de mana e lançou uma distorção gravitacional ao redor das criaturas, paralisando-as momentaneamente. Wanda, certa de sua vitória, não percebeu a verdadeira natureza desse movimento.

Foi então que Annie parou de recuar. Sua postura mudou, e um brilho intenso começou a emanar de seu corpo. O ar ao redor dela vibrava com a concentração de energia, e logo, a sala inteira parecia pulsar em resposta à sua crescente força.

— Agora, Alex! — Annie gritou, seus olhos fixos em Wanda.

Annie liberou uma explosão de mana que preencheu a sala com uma luz rosa intensa. O corpo de Annie foi envolvido por uma armadura de energia pura, a manifestação de sua forma de pré-ascensão. No lado direito, uma armadura rosada com detalhes brancos cobriu seu corpo, brilhando como uma estrela. De suas costas, uma asa formada de energia surgiu, reluzente e poderosa. No lado esquerdo, apenas energia rosa flutuava, envolta em uma aura de poder puro.

Wanda, inicialmente confiante, deu um passo para trás, surpresa e momentaneamente sem reação. Seus monstros, antes ferozes, ficaram paralisados diante da presença avassaladora de Annie.

Com um olhar determinado, Annie ergueu sua espada mágica, agora resplandecente com o poder da forma de pré-ascensão. Ela canalizou toda a sua energia em um único e devastador ataque. O vento que ela convocou era uma força avassaladora, uma tempestade de pura energia cortante. Em um instante, os monstros foram desmantelados, suas formas colapsando sob o ataque implacável de Annie.

Wanda tentou reagir, mas não houve tempo. O ataque de Annie foi tão rápido e poderoso que Wanda mal conseguiu se proteger. A tempestade de vento a atingiu, e ela foi jogada para trás, caindo com força contra o chão de pedra, com sua cabeça sendo cortada no processo.

A sala mergulhou em um silêncio pesado, interrompido apenas pela respiração ofegante de Annie. Ela estava de pé, mas visivelmente exausta, com sua energia quase esgotada após a transformação. Alex correu até ela, segurando-a antes que ela caísse.

— Annie, você conseguiu! — Alex exclamou, aliviada, enquanto ajudava Annie a se manter de pé.

— Sim, mas precisamos sair daqui... eles estão chegando — Annie respondeu, sua voz enfraquecida pelo esforço.

Com cuidado, Alex ajudou Annie a se mover para uma pequena passagem lateral que haviam notado ao entrar. Elas conseguiram escapar da sala antes que os cavaleiros que patrulhavam o castelo chegassem. Escondidas em um corredor escuro, as duas puderam finalmente descansar por um momento.

— Obrigada, Alex — sussurrou Annie, enquanto recuperava o fôlego.

— Ainda não terminamos, Annie. Vamos sair dessa juntas — respondeu Alex, determinada.

Com Wanda e seus monstros derrotados, elas ganharam um momento de respiro, mas sabiam que a batalha ainda não havia terminado. O próximo desafio estava por vir, e elas precisariam estar prontas para o que viesse a seguir.