Epílogo

Nas profundezas de um local desconhecido, envolto por uma escuridão densa e opressiva, Fockz estava sentado em uma poltrona antiga e majestosa, um trono de sombras, seu semblante nefasto oculto pela máscara de ferro que usava. O ambiente ao redor era tão sombrio quanto sua alma, as paredes de pedra fria apenas visíveis pela luz tênue que se filtrava por uma grande janela próxima a ele. Lá fora, o mundo estava coberto por uma camada de neve, o gelo refletindo a luz pálida da lua.

Com sua mão direita, Fockz jogava para cima e para baixo um medalhão diferenciado, seu design intricado irradiando um poder ancestral, algo sombrio e inquietante. A atmosfera do local estava carregada, como se o próprio ar se recusasse a se mover livremente, temendo o poder maligno que Fockz emanava.

Foi então que duas figuras sombrias entraram no aposento. Uma delas, alta e imponente, permaneceu próxima à porta, sua presença servindo como um sentinela silencioso, uma sombra viva guardando o único ponto de entrada e saída. A outra figura, envolta em uma armadura negra e brilhante que parecia absorver a pouca luz do lugar, avançou lentamente até Fockz. Quando se aproximou o suficiente, ajoelhou-se respeitosamente, sua cabeça baixa em sinal de submissão ao líder sombrio.

Fockz, sem desviar o olhar da neve que caía pesadamente lá fora, perguntou em um tom baixo e calculado, sua voz ressoando com uma autoridade fria:

— Você concluiu sua missão?

O cavaleiro negro levantou a cabeça lentamente, seus olhos brilhando sob o elmo, e respondeu com firmeza.

— Sim, localizamos outro medalhão do dragão.

Um sorriso cruel, oculto pela máscara de ferro, formou-se nos lábios de Fockz. Ele se levantou, sua figura esguia e poderosa projetando uma sombra ameaçadora por todo o ambiente. Aproximou-se da janela, fixando seu olhar gélido na paisagem nevada. Com um movimento ágil, ele jogou o medalhão que estava em sua mão para o cavaleiro negro, que o pegou com precisão.

— Perfeito — murmurou Fockz, sua voz agora mais intensa, cheia de uma determinação sombria. — Com isso, darei um fim a este reino miserável... E tomarei de volta o que me foi tirado, aquilo que era meu por direito.

Ele manteve os olhos fixos na neve, suas palavras ecoando no silêncio profundo do ambiente. A escuridão ao redor parecia ganhar vida, sussurrando segredos e promessas de destruição. Fockz sentiu o peso do destino sobre seus ombros, mas não hesitava. Ele sabia que a hora da vingança estava se aproximando.

Com um último olhar para o céu branco de neve, Fockz virou-se para seus subordinados, uma energia ameaçadora emanando dele. Seu próximo movimento já estava decidido, e o reino de Lumirian logo sentiria o verdadeiro terror que ele estava prestes a desencadear. A escuridão não teria misericórdia, e o inverno trazia com ele um presságio de morte e destruição.

A batalha ainda não havia terminado, e a sombra de Fockz pairava como uma tempestade, prestes a desabar sobre o mundo.