[AVISO DE GATILHO: ESTE CAPÍTULO CONTÉM CONTEÚDO PERTURBADOR E GRÁFICO. LEIA COM CAUTELA.]
O silêncio era a ausência de som, mas para Naylani, esse silêncio era o mais alto, ensurdecedor e cortante. Era avassalador e estrondoso. Embora um único gole fosse suficiente para aliviar a audição dela, o ar pesado e a crescente consciência de cada pequeno som persistiam.
"Senhora?"
Naylani piscou e estremeceu, seu olhar vacilando até a ajudante que trabalhava na cozinha. A serviçal inclinou a cabeça levemente, observando sua senhora parada à entrada.
"A senhora está com fome?" perguntou a empregada com um sorriso singelo, limpando as mãos no avental enquanto se aproximava. Quando ficou em frente a Naylani, a estudou. "Ainda estou preparando a comida, mas posso fazer algo rápido para a senhora."
"..." Naylani apertou os lábios, tomando um grande gole enquanto forçava um sorriso. "Eu estou… Eu estou bem."
"Tem certeza, senhora? Posso fazer algo para a senhora."