Um bom motivo

Hugo estava assobiando enquanto jogava uma bola de beisebol para o ar e a pegava.

"Estou… entediado," ele suspirou pela enésima vez esta manhã. Ele fixou os olhos na cama ao lado, seu rosto se contorcendo. "Como é que ele ainda não acordou? Pelo que me lembro, ele foi baleado nas costas e não na cabeça."

Ele balançou a cabeça, pensando em como ele se voluntariou para ficar com o cara. Quem diria que demoraria tanto?!

"Se você vai morrer, apenas faça isso." Ele acenou com a mão de forma displicente. "Se não, então acorde."

Não era como se Hugo tivesse ficado aqui todo esse tempo — ele estava aqui na maior parte do tempo, mas isso não significava que ele não deixava o cara. Havia momentos em que Hugo tinha que ir aqui e ali, saindo cuidadosamente porque ainda era um paciente.