Madrasta

Liu Suzhi tinha todos os traços de um vilão. Um peito estreito (1), uma boca que dizia sim quando seu coração dizia não (2), essas mesmas características que o ajudaram a sobreviver todas essas décadas no palácio interno eram as qualidades em si mesmo que o faziam ter dificuldade em encarar seu próprio reflexo.

Mas não se pode negar que era útil às vezes não precisar manter o moralismo. Isso era especialmente evidente ao lidar com o tribunal da manhã de Sua Majestade.

"Supervisor Liu, isso não está em conformidade com as regras registradas das formalidades da cerimônia de coroação."

Liu Suzhi murmurou displicentemente. Seu olhar entediado percorria de um oficial esbaforido para outro, e sua piscada lenta e preguiçosa dava a impressão de que ele se importava menos ainda com os deveres que lhe haviam sido atribuídos em seu papel de Supervisor do Departamento de Cerimônias.