Ária estava em seus aposentos, observando o pôr do sol pintar suas paredes brancas com tonalidades de ouro e carmesim.
As cores a lembravam daquele momento no jardim - do feitiço de Melisa envolvendo aquele lagarto (Sir Scales, não era?) em luz vermelha antes...
[Pare com isso,] ela se ordenou, mas a imagem se repetia em sua mente de qualquer maneira. O jeito que os olhos do lagarto se ofuscaram, como seu pequeno corpo ficou imóvel. Assim, de vivo para morto no intervalo de uma batida de coração.
Ela vinha assistindo essa cena repetidamente em sua mente toda a tarde, como uma performance teatral particularmente mórbida da qual não conseguia desviar os olhos. Mas tinha que haver uma solução. Precisava haver. A magia de Melisa já havia feito o impossível uma vez, trazendo seu pai de volta do limiar da morte. Certamente ela poderia fazer isso novamente?
[E se não ela, então alguém mais. Temos as mentes mais brilhantes em teoria mágica bem aqui, em Syux.]