História Paralela 2. Dança da Chama e da Sombra - epílogo

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De todos os cenários que Ron imaginou, esse não era um deles. Mas era tudo o que ele queria.

O beijo foi agressivo, profundo, como um casal sem tempo a perder. Como se o mundo acabasse amanhã, havia desejo e desespero em seus movimentos; em seus lábios e língua que se encaixavam perfeitamente.

Era diferente do beijo curioso e hesitante que deram durante o Ano Novo, do beijo carinhoso que compartilharam durante sua primeira vez. Era como se o desejo que tinham um pelo outro nos últimos seis anos fosse liberado de uma vez na forma como se agarravam.

Quando a necessidade de ar os separou pela primeira vez, eles se olharam; para o brilho que gradualmente retornava a um par de olhos opacos; para as lágrimas que começavam a surgir neles. Por alguns segundos, perderam-se no olhar um do outro, quase esquecendo de respirar. E quando recuperaram o fôlego, retomaram o beijo como se nada mais importasse.