Malva estava em frente às portas abertas da biblioteca. Ela não conseguia ver nada. As velas estavam apagadas e as cortinas fechadas. Ela sabia que se desse um passo para dentro, havia uma grande chance de bater a cabeça em uma prateleira.
"Um segundo," Louis disse a ela e ela sentiu uma leve brisa enquanto ele se afastava dela.
Pegando a luz no caminho, ele a usou para acender as velas. Malva só podia observar, impressionada, a rapidez com que ele se movia.
Ela balançou a cabeça. Os humanos não tinham chance, não havia dúvida. Ele era rápido e ela podia dizer que ele não estava na velocidade máxima.
O que era ainda mais impressionante era o fato das velas não se apagarem com todo o vento causado pelos movimentos de Louis.
O enorme espaço estava iluminado mesmo antes que ela pudesse dizer a ele que não precisava acender tudo. Já que ela só iria ficar em uma parte da biblioteca.
"Entre," ele disse depois de terminar.
"Você não precisava acender todas as luzes," ela comentou.