638. Pêssego

Os olhos de Malva se abriram lentamente. Seu quarto estava escuro; a luz da vela devia ter se apagado em algum momento. Algo a havia acordado, ela tinha certeza disso. Ela piscou, esperando que seus olhos se ajustassem à escuridão, mesmo sabendo que isso era praticamente impossível.

"Você está acordada," ele sussurrou.

"Jael!" Ela gritou e tentou se sentar.

"Não se mova," ele disse, e ela sentiu sua mão em seu braço para impedi-la de se mover.

"Como você se sente?" Ela perguntou ao recostar-se novamente.

"Eu deveria estar te perguntando isso," ele respondeu.

Ela podia perceber que ele a olhava, mas era irritante não conseguir ver seu rosto. Tudo o que podia dizer era que ele estava sentado não muito longe dela, e se ela se esticasse, poderia tocá-lo. Malva esticou a mão até tocar suas costas, então se ergueu da cama e se apoiou nele.

"Você não deveria estar se movendo," ele disse.