Capítulo 465: Fuga

Sem mais demora, ele agarrou o braço do menino e enfiou a agulha.

O corpo do menino se sacudiu uma vez, depois enrijeceu.

Alguns segundos depois, ele começou a se contorcer, seu rostinho se retorcendo de dor. Suas costas ligeiramente se arquearam do chão enquanto um grito silencioso escapava de seus lábios — fraco demais para fazer som.

"Bom," um dos homens disse com um sorriso cruel. "Parece que está funcionando."

Eles o deixaram ali, fechando a porta pesada atrás deles com um estrondo alto.

Dentro da sala escura, o menino arfava por ar, lágrimas escorrendo dos cantos de seus olhos fechados.

Ele não sabia quanto tempo ficou ali.

Minutos? Horas?

Tudo o que ele sabia era dor. Dor ardente interminável.

E em sua mente turva, um único pensamento continuava girando:

Eu tenho que sair.

No entanto, as horas seguintes foram apenas tortura para ele. E por um momento, até ele desejou poder morrer.