Por baixo da tempestade de arco-íris

Apenas de ouvir aquela voz suave e baixa, senti lágrimas brotando em meus olhos. Oh, Mãe... Eu sentia tanta saudade dele. Eu sabia que era impossível, mas sentia como se pudesse sentir o frio de sua pele além da porta. Reuni todas as minhas forças para me impedir de arrancar a porta aberta e simplesmente me jogar em seu abraço.

Talvez por isso Zia estivesse cobrindo a maçaneta da porta com as costas.

"Querida," ele chamou novamente, e eu percebi que não havia respondido. Mas quando abri a boca, minha voz saiu quebrada e pateticamente fraca.

"Sim?"

"Estou feliz que você ainda esteja aí," ele disse, e eu pude ouvir o sorriso em sua voz.

"Claro que ainda estou aqui! Aonde você acha que eu iria?" a energia esquecida na minha voz voltou.

Como ele ousava pensar que eu iria embora?! Depois de todo esse tempo?!

Mas então, sua resposta me fez ficar tensa e sentir culpa por repreendê-lo em minha mente.