3 Capítulo A luta fatal entre Irmãos

Parte 2: O Inimigo Cruel

Narrador

Uma salamandra pequena e fraca, um monstro da masmorra muito subestimado, olha e ri enquanto vê um dragão desmaiando. Ela se prepara para devorá-lo e assim ficar mais forte. Mas então...

Crack!

Yuri

"AIIIIIIII! Bicho dos infernos, acéfalo maldito!"

Dei um tapa na cabeça da criatura. Ele caiu. No meio da raiva, eu o capturei. Era pequeno e fraco, então eu o devorei. Era de nível 4, muito fácil de matar. Pensei:

"Pronto, devo estar no nível 15."

Puxei minha lista de habilidades e vi que ganhei apenas um pouco de XP. Foi aí que percebi: quanto mais se sobe de nível, mais difícil fica para evoluir. Olhei em volta — a visão era assustadora. Todos os monstros eram de nível 5 para cima. Mesmo eu, estando no nível 14, não era páreo para eles. Estava no andar 80, e todos os monstros ali eram totalmente aterrorizantes.

De repente, vejo um lobo com mandíbulas de diamante vindo com tudo para cima de mim. Dou um dash para trás e ataco:

[Ataque de Garras] -

Mas ele mal se feriu. Era muito mais forte que eu, porém...

"Eu era mais esperto, tinha malícia deste e de outro mundo."

Ele avança com tudo, lançando suas garras contra mim. Eu desvio. Não o atacava de qualquer jeito — se atacasse sem parar, acabaria cansando e morreria. Precisava achar um ponto fraco e finalizar com um golpe só.

Enquanto pensava, me distraí por um segundo e ele me acertou. Não foi um golpe direto, mas por pouco não foi fatal. Isso me fez focar de novo: minha vida estava em jogo.

Ele me atacava constantemente. Dei um golpe para ganhar espaço, desviava e observava seus movimentos. Até que, de repente, pensei:

"Achei a brecha!"

Quando ele pulou para cima de mim, esperei até o último segundo e perfurei sua garganta em pleno ar. Ele morreu agonizando. Eu o devorei e subi de nível.

Segui o caminho em direção à minha mãe, usando a Pedra da Alma para localizá-la. Fui matando vários lobos mandibulares pelo caminho. Cheguei ao nível 22 e estava feliz. Quase lá!

Até que, do nada, bato de frente com um monstro diferente: uma salamandra banhada em fogo, nível 23. Ela avança e me acerta na barriga. Seu golpe me lançou contra a parede. Quase morri com apenas um ataque.

"Não quero morrer. Não assim. Eu prometi a mim mesmo que ia ficar mais forte. Eu só ia usar meus pontos no nível 20..."

"Espera... Já estou no nível 22! Sou muito burro!"

A salamandra me ataca novamente, tirando muita vida. Então abro minha lista de habilidades:

[Lista de Habilidade Ativa] -

Vejo uma grande surpresa:

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Tabela de Pontos: Você tem 46 pontos

Yuri — Dragão do Clã Branco

Descendente do Dragão Negro

Nível: 22

Lista de Habilidades:

Ataque nível 10 +20

Magia nível 1

Agilidade nível 8 +4

Imponência nível 0 +5

Saúde nível 29

Resistência nível 18 +5

Estamina nível 18 +2

Fogo nível 5 +10

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Então upei minhas habilidades essenciais. A salamandra lançou seu ataque mais forte de chamas, mas resisti bem. Aproveitei e usei a habilidade que ganhei enfrentando os lobos mandibulares:

[Ativar Buff de Precisão]

[Ataque Golpear] -

Mirei na garganta e a matei na hora. O cansaço acumulado me derrubou e desmaiei. Antes de apagar, vi:

[Você alcançou o nível 24]

Ele conseguiu.

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Ao acordar, vejo minha mãe. Ela, preocupada, fala com a voz embargada:

Irla

"Me desculpe, meu filho... Perdi você de vista por um momento. Quando percebi sua falta, entrei em desespero. Quando me acalmei, usei a Pedra da Alma para te encontrar... Mas era tarde demais, vi você lutando contra aquele monstro e não pude fazer muita coisa... Mas agora você está bem, e isso é o que importa."

Ela segue adiante, enquanto Dairus se aproxima com um sorriso e me dá as costas. Aquilo me deixa feliz. Diorio me olha sem entender nada. Eu apenas pensava:

"Não vou negar: o que vou fazer é errado, mas... quem disse que eu sou perfeito?"

Chamei Dairus:

Yuri

"Aí, Dairus!"

Ele se vira, e eu:

[Buff de Precisão Ativado]

[Ataque de Cauda] -

Acerto em cheio o rosto dele. Dairus cai no chão com um grande estrondo. Então falo:

"Não te contei, né? Ganhei novas habilidades!"

Saí rindo, me sentindo leve. Pensei:

"O mundo dá voltas, kkkkk, aqui se faz, aqui se paga!"

Voltando para casa, meus irmãos perguntam:

"Irmão, qual seu nível?"

Eu, rindo, respondo:

"24."

Os mais velhos me olham com raiva. Nina comenta:

"Nina: Você é sortudo! A mãe mandou parar tudo para procurar você, e ainda assim você não conseguiu nos superar!"

Eu apenas ri.

"Yuri: Amanhã a gente vê isso."

Então meu pai, Barus, vem até mim e fala:

"Barus: Muito bem, moleque! Você se esforçou e se superou."

Ser reconhecido por ele me encheu de alegria. Pensei:

"Finalmente ele me reconheceu."

Com o tempo, fui crescendo, ficando mais forte. Eu, Dairus e Nila nos tornamos os três mais fortes da família, sempre empatados.

Até que chegou o dia...

O dia que mudaria minha vida para sempre.

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Crianças Crescem

Nossa mãe nos chama:

"Irla: Vocês vão explorar a masmorra sozinhos desta vez. Só podem voltar quando atingirem o nível 80."

Nós já estávamos no nível 70. Não parecia tão difícil.

Começamos a caçada. Juntos, éramos impiedosos. Subimos de nível facilmente. Depois de três dias, finalmente chegamos ao nível 80.

Decidimos voltar para casa.

Dairus e eu, ansiosos, começamos a correr. Nina tentou nos parar:

"Nina: Gente, calma! Estamos voltando para casa!"

Mas ignoramos. No caminho, pisamos numa armadilha.

AHHHHH!

Caímos. Quando batemos no chão, PAAAF.

"Nina: Vocês estão bem?"

Ajudando Dairus a levantar, gritamos juntos:

"SIM, ESTAMOS BEM!"

Nina então falou:

"Nina: Vou buscar ajuda!"

Ela correu e desapareceu de vista.

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Enquanto esperávamos, começamos a explorar o local. Descobrimos que estávamos no andar 78 — um dos piores.

Voltamos para o ponto inicial, fracos e famintos.

Começamos a discutir.

Yuri:

"Dairus, isso é culpa sua! Sua pressa nos colocou nessa armadilha!"

Dairus:

"Burro! Você também estava correndo!"

Começamos a brigar. Dairus cravou suas garras nos meus olhos. Furioso, eu pensei:

"Maldita hora que confiei em você!"

Dairus, tomado pela fome e medo, decidiu:

"Vou te devorar!"

Ele mordeu meu pescoço.

AAAAAA!

No desespero, lembrei de tudo que vivi.

Com coragem, usei toda minha força, ativei o Buff de precisão e acertei seu pescoço.

Arranquei sua cabeça.

Chorei.

Mas sabia: se eu não o matasse, ele me mataria.

Devorei Dairus para saciar minha fome.

Logo depois, o sistema me avisou:

[Você subiu 10 níveis!]

[Você alcançou o nível 90!]

[Você conquistou 30 pontos de batalha!]

Mesmo sem entender como ganhei tantos pontos, continuei.

Até que um monstro de nível 1 apareceu e atacou.

Tão rápido que nem vi.

Corte.

Vi meu sangue voando... minha pata foi arrancada.

Desesperado, contra-ataquei com:

[Brasas Escaldantes]

Feri o inimigo, ataquei com as garras e, por sorte, acertei a garganta.

Venci.

Mas perdi outra pata no processo.

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Então, recebo uma nova missão:

[Sua primeira missão: Mate o Cérbero]

Ao me virar, vejo um monstro de três cabeças me encarando.

Ele ataca, e arranca minhas duas outras pernas.

Sem forças, decido:

"Se for para morrer, vou morrer lutando!"

Ativo meu Buff:

[Buff de Precisão]

E uso:

[Brasas Escaldantes]

Queimo o Cérbero de dentro para fora.

Venci.

Antes de desmaiar, o sistema me mostra três opções:

[Filhote do Fogo] — mais poder de fogo

[Filhote da Terra] — mais defesa

[Filhote Santo] — mais magia

O sistema diz que essa escolha não atrapalhará minhas futuras evoluções.

Escolho:

[Yuri — Filhote do Fogo]

Então, exausto, desmaio.