Orabela cambaleou para dentro de seu pequeno apartamento tarde da noite, cada músculo de seu corpo gritando de exaustão. Ela largou sua bolsa perto do sofá e desabou sobre ele, enterrando o rosto nas almofadas desgastadas.
Um soluço escapou de seus lábios, seguido por um fluxo constante de lágrimas que ela não conseguia mais conter.
"Não posso acreditar que minha vida chegou a isso," ela sussurrou roucamente, sua voz rachando sob a tensão de suas emoções. Deitada de barriga para baixo, ela agarrou um travesseiro com força, como se pudesse absorver a dor e a frustração que sentia.
Uma vez princesa reverenciada, seus dias haviam sido preenchidos com admiração, luxo e respeito. Mas agora, no mundo frio e insensível do departamento de vendas, ela era apenas mais um engrenagem na máquina — repreendida por erros menores, ignorada e tratada como se não importasse.