A conversa entre Atlas e eu tem pairado na minha mente nos últimos dias, como um eco persistente que não consigo afastar. Por mais que eu deseje reagir e me rebelar contra tudo o que foi dito, percebo que não sou capaz de fazê-lo. Não posso permitir que as pessoas acreditem que sou uma ameaça ou que deveria desaparecer. Eu preciso continuar protegendo as pessoas que amo aqui. Mesmo que elas não acreditem que precisem de proteção.
Sentando-me em uma cadeira de madeira no La Moria, o charmoso café local que minha mãe costumava frequentar comigo quando eu era criança, me deixo envolver pelo aroma de café recém-passado e de doces assados que perfuma o ar, criando um casulo de nostalgia ao meu redor. Estou esperando Brina chegar, um pouco surpresa com seu pedido para nos encontrarmos aqui. Não consigo me lembrar dela alguma vez expressar o desejo de sair do conforto de sua casa. É sempre Tatum quem sai para buscar coisas para ela.