PONTO DE VISTA DE AMELIA
Medo corria por mim como um fio elétrico e eu estava preocupada que ele pudesse ouvir meu coração batendo descompassado. Eu temia que, de tão acelerado, ele rompesse meu peito e se espalhasse no chão à nossa frente. Seria uma visão bagunçada, mas melhor do que o medo palpável.
Ele era alto, eu diria que tem pelo menos um pé a mais de altura do que eu. Eu mal chegava ao meio de seu peito e ele não era apenas alto, era enorme. Parecia que malhava diariamente e tinha um físico bem construído. Eu estava aterrorizada por ele e, apesar de a garota simpática de mais cedo – Clara – ter me dito que ele não me machucaria, eu não conseguia acreditar nela.
Eu confio nela, mas nada nesse Alpha parece calmo ou perdoador. O terno que ele vestia transmitia uma sensação de realeza e terror, e eu não podia deixar de me perguntar o que ele iria fazer comigo. Talvez ele me punisse por ter invadido seu território e fugido dele, ou talvez ele simplesmente me banisse da matilha.