*Lucas*
No momento em que fizemos a última curva em direção à marina, notei-o - apenas uma silhueta no início, iluminado pelo sol poente. Ele estava lá no cais, rígido, como um daqueles velhos faróis que resistiram a muitas tempestades. Um nó se formou no meu estômago, e eu não conseguia afastar a sensação de que algo estava errado.
Que ele estava lá por mim. Que algo tinha acontecido.
"Ok pessoal, espero que tenham gostado do passeio," anunciei aos passageiros, mas meus olhos estavam fixos no homem que esperava como se estivesse ancorado ao local. Minhas mãos apertaram a amurada do barco enquanto o capitão guiava o navio em direção ao cais com facilidade enquanto cada possível cenário ruim começava a se desenrolar em minha mente.
Atracamos, e mal esperei que o último resmungo do motor terminasse antes de eu estar em pé e atravessando o convés, coração batendo contra as costelas. Minha voz soou distante, até para os meus próprios ouvidos, "Obrigado por navegarem conosco."