*Olivia*
Eu gemi ao abrir os olhos para a consciência. O teto branco acima de mim era o mesmo de ontem, mas algo estava diferente. Algo não estava como de costume.
Ainda estava escuro, pouca luz entrava pela janela, mas eu sabia que era manhã pelo canto dos pássaros lá fora, prontos para o dia.
Estendi a mão para pegar meu celular no criado-mudo, desplugando-o do carregador. O celular acendeu e eu pisquei algumas vezes, ajustando-me à luz repentina.
O horário, 5:37, gritava para mim ao lado do símbolo da bateria cheia em cem por cento. Eu gemi, jogando minha mão na cama.
Era cedo. Muito cedo.
Eu poderia voltar a dormir, mas sabia que seria inútil. Meu cérebro já tinha começado a lançar pensamentos em velocidade supersônica. Eu estava acordada para o dia, querendo ou não.
Mexi-me para me sentar e franzi a testa com a dor aguda no corpo. Minha lombar queimava com o movimento e eu soltei um grito de dor.
Que porra é essa?