A chamada tocou um par de vezes antes de o mordomo atender, aprofundando a carranca de Davian.
Arthur parecia sempre ter o rosto colado ao telefone porque sempre que ligava, o mordomo mal deixava tocar antes de atender.
"Alô, Mestre Davian," o mordomo disse com voz rouca.
Davian chegou a se perguntar se o mordomo tinha adoecido pois geralmente ele já estava acordado a essa hora.
"Venha ao meu escritório," ele disse rapidamente, desligando.
Isso não era algo que ele podia discutir pelo telefone; era um assunto um tanto delicado.
E se não fosse pelo cheiro fora de lugar no seu quarto, ele não teria sabido que alguém esteve lá.
Suas memórias não estavam nem um pouco úteis, então se eles tivessem que recorrer às câmeras da mansão para encontrar a pessoa, ele faria isso.
Ele se recostou atrás de sua escrivaninha, tentando não pensar e falhando.
Arthur estava batendo na porta do seu escritório em pouco tempo, e Davian permitiu sua entrada, atônito com o que viu.