"Alô?" Lago perguntou inocentemente como se o Ômega não tivesse elevado continuamente sua pressão arterial durante toda a noite.
"Você está na estrada?"
"Sim, estou quase chegando à mansão."
"Você precisa que eu te busque?"
"Vou desligar agora, estou dirigindo." Lago disse apressadamente, impiedosamente fazendo como disse que faria.
Davian encarou seu dispositivo, voltando para se sentar atrás de sua mesa.
Ele sabia que Lago não aceitaria sua oferta, mas isso não o impediu de tentar.
Ele se levantou logo depois de sentar, deixando seu escritório para ir para fora da mansão.
Davian tinha acabado de falar com Lago, mas ele se sentiu esticado como uma corda enquanto esperava pelos portões se abrirem e pelos faróis do carro de Lago o cegarem.
Era um sentimento familiar, que doía como uma cicatriz antiga, uma lâmina cega cavando em seu peito.
Davian estava tão distraído por seus pensamentos que ele estremeceu imperceptivelmente quando os faróis o cegaram.