Nikolai acordou na madrugada, seu quarto estava escuro, mas ele se movia sem esforço apesar da limitação visual. Após um tempo se movendo silenciosamente, ele saiu do quarto vestido e com um charuto na mão.
O corredor estava iluminado e a luz iluminava seus traços frios enquanto ele caminhava em direção ao quarto de hóspedes. A droga logo perderia o efeito, ele sabia, era o que tomava para conseguir dormir, noite após noite.
Ele acordava como um relógio, suas noites eram sem sonhos e curtas.
Ele não confiava em Angelo para ficar quieto o dia todo e também não queria manter o assassino amarrado o dia inteiro. Um dia estava bem, mas depois de uma semana seria tortura. Angelo parecia gostar disso, e Nikolai não podia lhe dar esse luxo.
Então, ele se acomodou em um sofá próximo e esperou Angelo despertar. Seus homens já haviam revistado a van que Angelo dirigia até o complexo de apartamentos e para a sua decepção, não estava equipada com explosivos, ele tinha sido muito otimista.