O dono da pousada estava atrás do balcão, seu rosto pálido e ansioso. Ele olhou para cima quando Corvo e Serafina se aproximaram, um tique nervoso brincando no canto de sua boca.
"Alguma novidade?" Corvo perguntou, com voz neutra, mas havia uma intensidade em seus olhos que fez o dono da pousada recuar.
"E-Eu temo que não, senhor," o dono da pousada gaguejou, torcendo as mãos juntas. "Os guardas vasculharam o local, mas não há sinal do ladrão. É como se tivessem sumido no ar."
O maxilar de Corvo se apertou, embora ele não tenha dito nada. Ao seu lado, Serafina deu um passo à frente, o cenho franzido em pensamento. "Alguém ouviu ou viu alguma coisa naquela noite? Qualquer barulho estranho? Movimentos incomuns?"
O dono da pousada balançou a cabeça. "Nada, minha senhora. Todos estavam dormindo quando aconteceu. Os guardas estão perplexos — não havia sinais de arrombamento, janelas quebradas, nada."