Minha Maldição

Donovan enrijeceu levemente ao sentir o peso familiar de seu corvo pousando em seu ombro. A presença de Kangee, embora inesperada, trouxe uma rara sensação de calma ao seu espírito atribulado.

Ele jamais cogitou o fato de que Kangee viesse em seu auxílio.

"Kangee, é realmente você?" ele perguntou, sua voz mal ultrapassando um sussurro.

Kangee, por outro lado, simplesmente inclinou a cabeça, sem responder, seus olhos aguçados examinando a aparência desalinhada de Donovan. Então, com um grasnido indignado, o corvo exclamou, "Mestre, você está horrível! Como ousam tratá-lo assim? Eu espalharei a notícia! Vou chamar por ajuda!"

"Quieto, Kangee," Donovan disse firmemente, segurando gentilmente o bico do pássaro para silenciá-lo. Sua voz continha uma paciência cansada, mas sua expressão traía o entendimento mútuo. Ambos sabiam que havia pouco a ser feito na situação atual em que ele se encontrava. "Estou bem. Apenas... mantenha sua voz baixa antes que alguém ouça."