Ponto de Vista da Luna.
A expressão do meu tio era indecifrável, seus olhos fixos nos meus como se ele me desafiasse a continuar.
"Mentiras!" um dos anciãos gritou, batendo com o punho na mesa. "Essa é uma acusação séria, Luna. Você tem alguma prova disso?"
"Entendo o quanto isso é chocante", respondi, tentando manter minha voz estável. "Mas eu não traria isso diante de vocês sem motivo. Meus pais eram os líderes desta família, e foram traídos por alguém em quem confiavam — pelo próprio sangue deles."
Os murmúrios aumentaram, espalhando-se pela sala como ondas. Alguns anciãos pareciam horrorizados, enquanto outros estavam em negação, balançando as cabeças como se se recusassem a acreditar no que estavam ouvindo.
Angelo finalmente falou, sua voz calma mas preenchida com uma corrente fria. "Essas são acusações muito graves, Luna. Você está alegando que eu, seu próprio tio, trairia meu irmão e minha cunhada? Que eu cometeria tal atrocidade?"