Capítulo 20 – O Círculo da Inveja

A descida foi uma queda sem fim, um mergulho no ventre de algo vivo, pulsante e apodrecido. O espaço ao meu redor não era vazio – era uma garganta imensa que se fechava em torno de mim, como se o próprio cosmos estivesse me engolindo. Cada instante parecia arrancar pedaços de mim, uma dissecação meticulosa daquilo que eu acreditava ser minha essência. Meu corpo queimava, minha mente estilhaçava, e ainda assim eu caía, mergulhando cada vez mais fundo no pesadelo absoluto.

O ar tornou-se um veneno denso, queimando minha garganta como ácido. Mas respirar era irrelevante. Eu não precisava de ar; não precisava de nada. A dor era uma lembrança distante, um eco pálido comparado ao vazio que se expandia dentro de mim. Cada segundo era um arrancar violento de camadas daquilo que eu acreditava ser humano. No final, restava apenas o vazio.

Quando meus pés tocaram o solo do Círculo da Inveja, a realidade me atingiu como uma lâmina enferrujada, cortando fundo e deixando infecções em tudo que tocava. O chão não era chão – era carne. Carne viva, palpitante, esticada em uma imensidão que se movia como uma criatura agonizante. Abaixo de mim, tecidos pulsavam, contraindo-se em espasmos rítmicos, como se o solo tivesse um coração que batia lentamente, resistindo à morte.

Veias grossas serpenteavam sob a superfície, inchadas de um líquido negro que exalava um odor sufocante de podridão. A cada passo, a carne gemente sob meus pés cedia, como se quisesse engolir-me. Um líquido viscoso e quente escorria pelas fendas no solo, tingindo tudo de um vermelho doente. Cada som era um grito abafado, um lamento desesperado de algo que não queria existir, mas era forçado a continuar.

"A inveja é o veneno que faz as pessoas olharem para a luz alheia enquanto apagam a própria. Elas gastam energia odiando o sucesso dos outros, comparando conquistas, invejando sorrisos, como se a felicidade alheia fosse um roubo à delas. Mas no fundo, sabem: a inveja não é sobre o que os outros têm — é sobre o que elas não têm coragem de buscar. Enquanto se consomem em amargura, deixam de construir, de crescer, de brilhar. Tornam-se sombras raivosas, presas num ciclo de autossabotagem onde cada elogio aos outros é uma facada na própria alma. O mais triste? Elas poderiam ter tudo o que invejam, se parassem de gastar tempo odiando e começassem a gastar tempo lutando. Mas preferem o conforto do ressentimento à coragem de se transformarem. E assim, definham — incapazes de ver que a única coisa que as impede de ser grandes é o próprio veneno que chamam de 'injustiça'. Você já viu alguém tão obcecado com a vida alheia que esqueceu de viver a própria? Elas criticam, murmuram, diminuem — mas não por mérito, e sim por medo. Medo de admitir que, se investissem metade da energia que gastam odiando, poderiam ser melhores do que aqueles que tanto desprezam. A inveja as torna pequenas, mesquinhas, desprovidas de qualquer grandeza. E o pior é que elas sabem. Sabem que estão se autodestruindo, que cada palavra de desdém é um passo para longe da própria felicidade. Mas continuam, porque é mais fácil culpar o mundo do que encarar o espelho e perguntar: 'Por que eu ainda não consegui?'. Até que um dia, olham para trás e veem apenas um rastro de amargura — e nada mais. Será que vale a pena trocar a própria grandeza pela miséria de invejar a dos outros?"

E então, no horizonte, o Olho da inveja me encarava.

O Olho

Gigantesco, onisciente, uma abominação que desafiava qualquer conceito de forma. Ele não apenas observava – ele devorava, desejava. Suas bordas pulsavam em um ritmo doentio, como se estivesse vivo, e de seu centro escorriam lágrimas de sangue espesso, gorduroso, que caíam no chão com um som pesado, alimentando as veias pulsantes do solo. O ar ao seu redor tremulava, como se a própria realidade estivesse sendo rasgada por sua presença.

Ao redor do Olho, sombras rastejavam como parasitas. Criaturas deformadas, nascidas da inveja destilada, suas formas eram um reflexo de seus desejos. Tentáculos, membros retorcidos e olhos vazios que buscavam o impossível – serem algo que nunca poderiam alcançar. A cada tentativa de mudança, suas formas se rompiam, regredindo em espasmos grotescos, e elas começavam de novo, condenadas a desejar para sempre.

Acima, o céu era um abismo vermelho, rachado como uma ferida exposta. Gritos sem corpos ecoavam nele, uma cacofonia de lamentos que se misturava ao pulsar das veias no chão. O ar estava saturado de um cheiro ferroso, quase doce, como sangue envelhecido. Este não era um lugar onde se vivia. Este era um lugar onde se apodrecia em vida, digerido lentamente pelo próprio conceito de inveja.

O Leviatã

E então ele surgiu.

O chão se abriu como uma boca faminta, expelindo a imensa figura do Leviatã. Ele não andava – ele rastejava, como uma serpente mutilada, sua presença uma ferida que sangrava no tecido do inferno. Sua pele era um mosaico de escamas quebradas, entre as quais escorriam fluidos pútridos que borbulhavam ao tocar o solo de carne.

Seus olhos, cegos, estavam cobertos por uma membrana leitosa, mas ainda assim viam mais do que qualquer mortal poderia suportar. Sua boca, uma caverna de dentes irregulares e apodrecidos, escorria um veneno denso que caía em gotas lentas, corroendo o chão. Cada movimento de seu corpo emitia um som úmido e asqueroso, como carne sendo arrancada de um osso.

Ele empunhava um tridente feito de ossos humanos, seus dentes adornados com fragmentos de crânios triturados. Cada detalhe do Leviatã era uma proclamação de sua existência – não como um ser vivo, mas como a personificação do ódio e da destruição.

"Um humano," ele rugiu, sua voz tão grave que o solo ao meu redor se contraiu em espasmos. O Olho piscou, quase em reverência. "Um verme que ousa invadir meu domínio."

Eu o encarei. Não havia medo em mim. O medo era algo que eu havia enterrado junto com minha humanidade.

"Não sou um verme," respondi, minha voz como gelo quebrando sob pressão. "Sou um espelho. E o que você verá em mim, Leviatã, será a verdade que você tenta esconder até de si mesmo."

Cada passo que eu dava era acompanhado pelo som esmagador das sombras sendo reduzidas a carne líquida sob o peso do Leviatã. Seus movimentos criavam fissuras na carne do chão, onde sangue e pus borbulhavam como lava em erupção. O ar estava saturado com o fedor de podridão e bile, e a cada respiração eu sentia a repulsa, mas não vacilei.

O Olho, pulsando freneticamente, parecia à beira de explodir. Cada piscada lançava jatos de sangue espesso, manchando as paredes carnudas que nos cercavam. Ele sabia. O Leviatã sabia. E eu sabia. Essa batalha era o fim ou o começo de algo muito pior.

"Você entende o que é ser uma ferramenta descartável?" perguntei, virando-me para a monstruosidade atrás de mim. Meu tom era um misto de desafio e desdém. "Tudo o que você representa é um ciclo podre, sem sentido, alimentado pela própria miséria."

O Leviatã rugiu com um som que parecia misturar raiva e medo. Ele ergueu o tridente e atacou. A arma cortou o ar com força suficiente para partir montanhas, mas eu já havia me movido. O golpe atingiu o solo de carne, rompendo veias grossas que explodiram em uma mistura grotesca de sangue, bile e gordura líquida. O chão estremeceu como se estivesse vivo, e as sombras ao redor começaram a se deformar, absorvendo os fluidos como parasitas frenéticos.

Eu não recuei. Movi-me como um predador, esgueirando-me entre as sombras enquanto ele tentava localizar minha posição. Sua confusão era óbvia, mas também era irrelevante. Cada ataque que ele desferia não fazia mais do que destruir seu próprio território.

"Você é patético," murmurei, minha voz carregada de desprezo. "Apenas um guardião de algo que nunca será seu."

Antes que ele pudesse reagir, avancei, minhas mãos agarrando uma das veias que pulsavam ao redor do Olho. Com um puxão brutal, arranquei a carne pulsante, lançando-a contra o Leviatã. O pedaço se abriu em pleno ar, espalhando sangue fervente que queimou suas escamas como ácido. Ele gritou, um som animalesco que fez as paredes tremerem.

A monstruosidade tentou me atingir com o tridente novamente, mas dessa vez eu estava nele. Minha mão alcançou uma de suas patas escamosas, e com um movimento preciso, enfiei meus dedos entre as juntas. Com força desumana, arranquei uma das garras, expondo ossos quebrados e carne dilacerada. O sangue escorria em cascatas negras, sua consistência grudando em mim como óleo.

Ele recuou, mas eu não parei. Minha mão mergulhou em sua lateral, arrancando escamas e carne em punhados grotescos. Eu podia sentir a textura viscosa e quente de seus órgãos sob minha mão, mas não hesitei. Arranquei o que encontrei, lançando pedaços de sua essência no chão enquanto ele rugia em agonia.

Atrás de mim, o Olho pulsava freneticamente, suas bordas começando a se romper sob a pressão. Ele estava implodindo, incapaz de conter o caos. As sombras gritavam, suas formas colapsando em massas disformes de carne e ossos enquanto eram sugadas para o núcleo.

"O que você é agora?" gritei, minha voz ecoando pelo círculo. "Nada além de carne e falhas!"

Com um movimento final, agarrei a mandíbula inferior do Leviatã. Ele tentou me sacudir, mas eu já havia cravado os pés no chão pulsante. Gritei enquanto puxava, arrancando sua mandíbula com um estalo que reverberou como trovões. Sangue jorrou como uma cachoeira, cobrindo meu rosto e minhas roupas enquanto ele caía, incapaz de se levantar.

O Desmembramento do Olho

O Leviatã estava acabado, seus membros tremendo em espasmos enquanto seu corpo lentamente parava. Mas eu ainda tinha algo para destruir.

O Olho, pulsando freneticamente, parecia implorar por clemência. Mas não havia espaço para misericórdia. Eu caminhei até ele, ignorando os gritos das sombras e os sons nauseantes do sangue e dos fluidos escorrendo ao meu redor.

Com ambas as mãos, agarrei as bordas do Olho, sentindo sua textura viscosa e pulsante se contorcer sob meus dedos. Ele resistiu, mas eu o rasguei. Camadas de carne e membranas se partiram, liberando um cheiro sufocante de podridão e amônia. Sangue jorrou em torrentes, cobrindo o chão em uma poça escarlate.

Dentro do Olho, vi algo pulsando – um núcleo de energia grotesca que brilhava com uma luz doentia. Eu não hesitei. Enfiei minha mão nele, sentindo o calor insuportável e a textura escorregadia enquanto esmagava o núcleo entre meus dedos.

O grito que veio do Olho não era humano, nem animal. Era algo primordial, um som que parecia despedaçar a própria existência do lugar. O chão tremeu, as paredes começaram a desmoronar, e o céu explodiu em chamas verdes enquanto o círculo se despedaçava.

Quando tudo acabou, eu estava sozinho no silêncio. O Leviatã jazia morto, seu corpo uma carcaça de carne mutilada. O Olho não era mais do que uma poça de fluidos e resíduos. E eu? Eu estava coberto de sangue, com os restos desse inferno grudados em mim como uma segunda pele.

O silêncio era sufocante. O chão, coberto por carne rasgada e sangue coagulado, parecia murmurar em seus últimos espasmos de vida. O ar estava denso com o cheiro de podridão e bile, um lembrete físico da destruição que eu havia causado. Cada passo que eu dava fazia o sangue seco estalar sob minhas botas, um som que parecia quase ritualístico.

O anjo flutuava sobre o cenário grotesco, intocado. Suas asas, vastas e brilhantes, não estavam manchadas pelo sangue que cobria tudo ao nosso redor. Ele parecia um símbolo de algo puro, mas havia uma frieza em sua presença. Seus olhos, profundos e vazios, não mostravam compaixão ou julgamento. Ele era indiferente. Pior ainda, ele era complacente.

"Pronto para o próximo círculo?" perguntou ele, sua voz serena cortando o silêncio como uma lâmina afiada.

Eu ri, mas foi um som seco, áspero, sem vida. Meu rosto, ainda manchado com o sangue negro do Leviatã, se contorceu em um sorriso que não alcançava meus olhos. "Pronto? Essa palavra significa algo para você? Ou é apenas mais uma formalidade vazia nesse jogo patético de Deus?"

O anjo não respondeu imediatamente. Ele apenas me observou, sua cabeça inclinada ligeiramente para o lado, como se estivesse examinando um inseto prestes a ser esmagado. "Você fala como se entendesse o que está acontecendo aqui, humano. Mas tudo o que vejo é outro rebelde, gritando contra um vazio que ele mesmo criou."

Eu dei um passo à frente, meu olhar fixo no dele. "E você, anjo? O que é que você vê quando se olha? Um servo divino? Um mensageiro de um Deus que te mantém na coleira? Você não é melhor do que o Leviatã. Ele seguia o Olho; você segue ordens que nunca questionou."

Suas asas se moveram levemente, lançando uma brisa fria que parecia cortar minha pele. "Eu sigo o propósito do Criador," disse ele, sua voz ainda calma, mas agora com um peso que parecia esmagar o ar ao nosso redor. "Enquanto você... você segue nada. Você não é amoral. Você é vazio. Você destrói porque não consegue criar."

Eu ri novamente, desta vez mais forte, mais cruel. "Você acha que é isso? Que eu não sigo nada? Você está errado. Eu sigo o caos. A destruição. A verdade de que tudo isso — Deus, você, os círculos, as almas — não significa nada. É tudo um ciclo podre que precisa ser desfeito."

O anjo permaneceu em silêncio por um momento, seu olhar nunca desviando do meu. "Você acredita que está desafiando Deus, mas o que você faz é parte de Sua vontade. Cada ato de violência, cada pedaço de carne que você rasga, cada gota de sangue que derrama... tudo isso já foi calculado. Você é tão parte do ciclo quanto eu."

Eu me aproximei ainda mais, até que podia ver os detalhes finos de suas asas, a luz que irradiava delas. "Ciclo? Se é isso que você acredita, então talvez eu esteja aqui para quebrá-lo. Talvez eu seja o erro que nem mesmo Deus previu. Você segue o Criador como um cão segue seu dono, mas eu... eu não sigo ninguém."

Suas asas se abriram, tão vastas que pareciam engolir a luz ao nosso redor. "E o que você é, então? Um deus? Um demônio? Você destruiu o Leviatã, mas isso não o torna melhor. No final, você é apenas mais um monstro, tentando justificar sua existência com caos."

Eu dei de ombros, o sorriso voltando aos meus lábios. "Talvez eu seja um monstro. Mas ao menos sou livre. Você, por outro lado... é apenas mais uma marionete no teatro celestial. Não há nada em você além de obediência cega."

O anjo se inclinou ligeiramente para mim, sua voz agora fria como a lâmina de uma guilhotina. "E você acha que sua liberdade significa algo? Sua amoralidade não é liberdade. É autodestruição disfarçada. Você não se liberta do ciclo. Você só se afunda mais nele."

Eu ri novamente, mais baixo desta vez, e comecei a caminhar em direção ao vazio à nossa frente. "Talvez. Mas ao menos eu escolho me afundar. Você, anjo... você só flutua. Intocado, irrelevante, insignificante."

Ele me seguiu, suas asas brilhando contra a escuridão crescente. "Então vamos, humano. Vamos ver até onde sua liberdade o leva. Mas saiba disso: não há vazio tão profundo que Deus não possa preencher."

Eu não olhei para ele, meu sorriso agora completamente apagado. "E não há luz divina que o vazio não possa apagar."

"O orgulho," ele disse, sua voz tão calma quanto o vácuo do espaço. "O último círculo. O berço da queda, o pecado que tornou Lucifer o que é."

Eu ri, um som seco, sem humor. "O berço da queda, ou o apogeu da humanidade? Não foi o orgulho que trouxe o progresso? A arrogância de acreditar que se pode tocar o inalcançável, desafiar o inevitável?"

"Você confunde orgulho com criação," respondeu o anjo, com a paciência de alguém que já ouviu essa linha de raciocínio incontáveis vezes. "A criação é divina. O orgulho é a corrupção dela. Um desejo de exaltar a si mesmo acima de tudo. Acima de Deus."

Eu estreitei os olhos. "E o que é Deus, se não o ápice do próprio orgulho? Criar algo à sua imagem, para adorá-lo incondicionalmente? Isso não é amor. É narcisismo em sua forma mais pura."

O anjo não se moveu, mas algo em sua presença pareceu tremer. "Cuidado com suas palavras. Aqui, elas têm peso. No círculo do orgulho, a palavra é espada e veneno."

"Espada e veneno," repeti, como se saboreasse as palavras. "E a sua palavra? Ela é o quê? Um eco de ordens, uma repetição sem pensamento. Você é apenas uma ferramenta, não é? Uma extensão da vontade de outro. Eu, ao menos, tenho minha amoralidade. Minha liberdade. Eu não sirvo ninguém."

"Você serve ao vazio," disse o anjo, sua voz tão afiada quanto o tridente que eu havia empunhado momentos antes. "Você não é livre. Você está preso em sua destruição, em sua ausência de propósito. É uma escravidão mais profunda do que qualquer fé poderia impor."

"Se estou preso, então sou uma jaula aberta," retruquei, dando um passo à frente. "E você, com toda a sua luz e certeza, não passa de uma gaiola de ouro. Você segue Deus cegamente, mesmo quando Ele abandona. Mesmo quando Ele é o responsável por toda essa podridão. Diga-me, anjo, você alguma vez duvidou?"

Ele hesitou. Foi apenas um instante, mas eu vi. E naquele momento, o último resquício de humanidade dentro de mim quase sorriu.

"O orgulho será sua ruína," ele disse finalmente, como se quisesse recuperar o controle. "É o círculo final, o maior. Aqui, você verá Lucifer, o reflexo do que você está se tornando."

"Ver Lucifer?" perguntei, e desta vez, meu sorriso veio, frio como aço. "Talvez ele deva me ver. Talvez ele encontre algo pior que ele mesmo."

O anjo não respondeu. Em vez disso, ele gesticulou para o portal à frente. Uma porta de ouro, imponente, com palavras esculpidas em uma língua que eu não reconhecia, mas entendia: "Aqui jaz o rei dos orgulhosos, preso pela eternidade."

"Entre," disse o anjo, sua voz quase um sussurro. "Mas saiba que este é o último lugar onde até você pode hesitar. O orgulho não perdoa. E Lucifer não esquece."

Eu passei por ele, sem hesitar, e toquei a porta.

"Se o orgulho é o último pecado, então eu sou sua consequência," murmurei para mim mesmo. "Vamos ver quem merece cair de verdade."

E empurrei a porta.