Fim do Arco da Mansão Xia - Ela Saiu

Não apenas ela perderia a face, Wushuang também seria implicada.

Com a herança de vários milhões de Chengwen, por que ela deveria se apegar tanto a uma insignificante vila?

Wu Rong zombava silenciosamente de Xinghe.

E daí se a vagabunda roubou a vila dela? No fim das contas, a herança estava em seu nome.

Enquanto ela respirasse, a maldita bastarda nunca teria a herança da Família Xia!

A vila poderia ser considerada uma esmola para uma mendiga!

A boca de Wu Rong curvou-se num sorriso de vitória e ela entoou o que estava pensando. Ela chamou Xinghe de mendiga várias vezes na sua cara de propósito, querendo irritá-la.

Xinghe a ignorou completamente.

"Ali está a porta se você já terminou. Não abuse da hospitalidade, você está contaminando minha casa com seus germes," Xinghe devolveu a Wu Rong suas próprias palavras.

Wu Rong cuspiu no chão com desdém antes de virar para arrumar suas coisas.

Ela só arrumou os poucos objetos de valor, deixando o resto para trás. Ela os considerava como doação para Xinghe, a mendiga.

Contudo, não importa o quanto ela se consolasse, ainda se sentia humilhada.

A casa era realisticamente dela, ela deveria ser a pessoa a expulsar Xinghe, mas agora que a casa tinha mudado de mãos, era ela quem estava de saída.

Ela sempre soube que a vila estava no nome de Xinghe mas, como não conseguia encontrar o certificado real e Xinghe havia perdido a memória, ela supôs que poderia se safar.

Quem diria que a pequena vagabunda voltaria para lhe causar problemas assim que recuperasse a memória.

Graças a Deus, a morte de Chengwen foi tão repentina que ele não teve tempo de fazer um testamento válido. Com alguns truques, ela conseguiu manobrar todo o seu patrimônio para seu nome.

Wu Rong arrastava sua mala escada abaixo, bufando. Quando viu a expressão surpresa da Senhora Chan, um novo golpe de humilhação surgiu.

Wu Rong atirou sua mala na Senhora Chan com raiva e ordenou, "Siga-me e tome conta da minha mala!"

"Para onde estamos indo?" a Senhora Chan perguntou, ainda atônita.

"O que você tem a ver com isso? Mas eu juro que é muito melhor que esse lixo," Wu Rong disse com ênfase. Ela queria deixar Xinghe saber que ainda estava sentada sobre a riqueza de seu pai, a garota poderia ter ganho esta batalha por sorte, mas a guerra era definitivamente dela.

A Senhora Chan intuiu a situação imediatamente. Ela olhou hesitante para Xinghe, que a encarava do segundo andar. O rosto de sua antiga jovem senhora estava congelado.

Sua expressão disse à Senhora Chan que não se importava se ela ficasse ou fosse embora.

A Senhora Chan deliberou em seu coração.

Apesar de sua voz interior dizer para não ir com Wu Rong, ela optou pela parte que poderia lhe oferecer os benefícios mais óbvios.

"Senhora, por favor, espere um momento, vou arrumar minhas coisas. Serei rápida." A Senhora Chan recuou para seus aposentos e logo surgiu com sua própria mala.

A paciência de Wu Rong estava se esgotando. Quanto mais tempo ficava, mais humilhada ela se sentia.

Quando viu a Senhora Chan reaparecer, ela gritou severamente, "Ande logo!"

Ela marchou em direção à saída. A Senhora Chan, arrastando duas malas, seguiu-a de maneira desajeitada.

"Wu Rong..." Xinghe chamou do topo da escada quando Wu Rong estava com a mão na maçaneta da porta.

Wu Rong virou-se para zombar dela, "O que mais você quer? Você não vai tirar mais nada de mim, sua vadia!"

Xinghe desceu as escadas devagar e parou na frente dela. Ela olhou Wu Rong nos olhos quando disse, "Eu só quero te dizer, a partir de hoje, você não deve mais entrar na minha casa. Além disso, um dia eu vou recuperar tudo que é meu por direito, com todos os juros acrescidos."

Wu Rong riu na cara dela. "Nos seus sonhos! Mas eu tenho que te avisar, eu não esquecerei como você me humilhou hoje!"