Hospital de Maternidade Maggie.
Abigail Green estava deitada na sala de parto, seu corpo pesado e cansado. Seu colo do útero tinha dilatado até três centímetros, mas ninguém lhe deu anestesia.
Cada contração parecia levar metade de sua vida.
Faminta, sedenta, exausta!
E a dor interminável desgastava sua vontade já frágil.
"Tia, me ajude..."
"Ruby, eu estou implorando, me ajude..."
Rose Taylor cruzou os braços, seu olhar frio enquanto encarava a mulher na cama de parto. "Doutora Penn, por que ela ainda não está dando à luz?"
"Ela só dilatou até três centímetros. Precisa chegar a dez." Doutora Penn respondeu nervosamente.
"Quanto tempo até chegar a dez?" Ruby Green perguntou impacientemente. Ela já estava cansada de esperar a vaca gorda dar à luz.
"Isso depende da condição física dela."
"Depende da condição dela?" A expressão de Ruby se tornou sombria.
Rose franziu a testa. "Deveríamos dar outra injeção de ocitocina?"
"Ela já tomou três injeções. Qualquer outra será inútil. Ela precisa empurrar." A médica explicou.
Slap!
"Empurre, vaca gorda!" Ruby Green deu um tapa forte no rosto rechonchudo de Abigail.
"Waaah..." Abigail estava tremendo de dor da contração. O tapa de Ruby deixou sua cabeça zonza e ela gritou de dor.
"Inútil! Se você não empurrar, vou te espancar até a morte! Você nem deveria estar viva!"
"Aah, dói..." A intensa vergonha combinada com as fortes contrações fazia os gemidos de Abigail soarem como gritos de desespero, como se cada um a levasse mais perto da foice.
O que mais a machucava era saber que Rose Taylor e sua filha a enganaram desde o começo.
"Empurre, vaca gorda. Sabe por que você é tão gorda? Por causa do leite em pó integral com aditivos que minha mãe comprou no exterior. O que acha que acontecerá se morrer na cama de parto porque o bebê é muito grande? Hahaha."
"Ah..." Outra contração chegou.
Mas as palavras de Ruby doíam ainda mais em Abigail. O que disseram a ela sobre fazer isso para o bem dela e do bebê era tudo mentira!
"Papai, me salve, mulheres cruéis..."
"Você acha que seu pai não sabe? Hahaha. Pena que ele não se importa com você, agouro que matou sua mãe biológica! Estou dizendo, empurre ou vou fazer você desejar estar morta." Ruby sussurrou ameaçadoramente no ouvido de Abigail.
Esta mulher gorda, covarde e inútil merecia ser explorada por ela para sempre.
Beep beep beep...
"Não é bom, a frequência cardíaca do bebê subiu para 180. Precisamos de uma cesárea." O alarme do monitor tocou enquanto a médica alertava rapidamente.
"O que fazemos? Como explicamos uma cesárea sem cicatriz?" Rose Taylor entrou em pânico.
"Mãe, eu não tenho cicatrizes no abdômen inferior. Quem saberá se é vaginal ou cesárea? Doutora, realize a cirurgia." Ruby instruiu a médica, lançando um olhar venenoso para a mulher na cama.
"O anestesista está com a madame. Eu temo que..." A médica hesitou.
"Do que você tem medo? Só queremos o bebê."
"Mas..."
"Faça logo." Ruby comandou friamente. Doutora Penn não teve escolha senão se preparar rapidamente para a cesárea.
O bisturi afiado cortou a barriga de Abigail. Sem anestesia, a dor fazia seu corpo convulsionar descontroladamente. O monitor de vida continuava alarmando, mas ninguém se importava.
"Waa waa waa..."
Quando Abigail ouviu o choro do bebê, seu corpo perdeu toda a sensação. Ela apenas viu o sangue fluindo de sua barriga e um bebê coberto de sangue sendo levantado por ela pela médica.
"O bebê..." Sua voz mal era um sussurro, Abigail perdeu a consciência completamente.
Quem diria que ela morreria de dor.
Morrer de dor intensa.
"O que fazemos? A mãe não está respirando!" Depois de limpar o bebê, Doutora Penn percebeu que Abigail havia parado de respirar.
"Do que você tem medo? É normal que mulheres morram no parto. A família Piers estará aqui em breve. Rápido, me ajude a preparar." Ruby apressou.
A sala de parto estava em caos, mas ninguém se importava com a Abigail Green morta.
Ninguém notou quando, trinta minutos após perder a respiração, a mãe de repente abriu os olhos.